Opositor venezuelano Daniel Ceballos encerra greve de fome

  • Por Agencia EFE
  • 11/06/2015 17h43

Caracas, 11 jun (EFE).- O opositor venezuelano Daniel Ceballos encerrou nesta quinta-feira a greve de fome que começou há 20 dias na prisão onde está recluso no centro da Venezuela, segundo informou sua esposa, Patricia Gutiérrez, que não detalhou os motivos dessa decisão.

“Recebi uma ligação de meu marido @Daniel_Ceballos, que me disse que decidiu parar hoje a greve de fome, já lhe colocaram soro via intravenosa”, escreveu a esposa do político em mensagem no Twitter.

Gutiérrez disse que seu marido enviou uma comunicação através do presidente da Conferência Episcopal Venezuelana (CEV), monsenhor Diego Padrón, e que a leria assim que tivesse em seu poder.

Horas antes a esposa de Ceballos tinha advertido que o político completava hoje 20 dias sem ingerir alimentos, motivo pelo qual tinha perdido grande quantidade de peso.

O ex-prefeito de San Cristóbal começou no dia 22 de maio uma greve de fome para reivindicar, entre outras coisas, a libertação dos que considera serem “presos políticos” e que se fixe uma data para as eleições parlamentares previstas para este ano.

Ceballos se encontra em uma prisão a 150 quilômetros de Caracas desde o dia no qual começou o protesto depois de ser transferido da prisão militar de Ramo Verde, próxima a Caracas, onde permanece recluso o opositor Leopoldo López, que uniu-se à greve dois dias depois.

Após uma visita a Ceballos, o monsenhor Diego Padrón assegurou que o opositor se encontra “certamente afetado, debilitado” pela greve de fome.

“Publicarei a mensagem de Daniel para toda Venezuela assim que tenha a carta em minhas mãos, ao chegar a San Juan espero poder vê-lo e jantar com Daniel”, escreveu Patricia Gutiérrez em outra mensagem.

A greve de fome de López e Ceballos, e à qual se somaram dezenas de opositores, vários deles também na prisão, reuniu a oposição venezuelana para reivindicar que se cumpram as exigências dos grevistas.

O advogado Juan Carlos Gutiérrez, defensor de López e Ceballos, tinha assegurado ontem que os opositores estariam dispostos a abandonar a greve de fome caso os outros opositores presos fossem libertados. EFE

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