Organismos de ajuda cortam serviços de saúde de 3 milhões de iraquianos

  • Por Agencia EFE
  • 04/08/2015 09h37

Genebra, 4 ago (EFE).- Organismos internacionais de ajuda, entre eles a Organização Mundial da Saúde (OMS), cortarão 84% de seus programas de saúde em dez províncias do Iraque, o que deixará três milhões de pessoas sem esses serviços essenciais.

O porta-voz da OMS, Tariq Jasarevic, explicou hoje que a decisão se deve “a uma carência crítica de fundos”, por isso que as organizações começaram a buscar fontes de financiamento alternativas.

Dos US$ 60 milhões requeridos para manter de pé boa parte dos programas de saúde no Iraque, as organizações de ajuda só contam com US$ 5,1 milhões para este fim.

Em certos lugares do país, os centros de atendimento médico financiados por entidades de ajuda internacional, e que estão fechando, eram os principais ou os únicos provedores de assistência médica.

As três milhões de pessoas afetadas ficarão, na maioria de casos, “sem o atendimento médico necessário urgente” que era proporcionado em 184 centros de atendimento de primeira linha.

Os principais beneficiados eram deslocados, refugiados e população local.

Os serviços suspensos se relacionam com o atendimento primário de saúde, nutrição, traumatologia, saúde reprodutiva, detecção antecipada de focos epidêmicos e programas de vacinação.

“Apesar das repetidas advertências sobre o fechamento iminente destes serviços e da revisão dos fundos requeridos para 2015, que se centravam nas necessidades de saúde mais essenciais, o financiamento é muito pouco para o Iraque”, assinalou o porta-voz.

Jasarevic lembrou que há outros programas de saúde que terão que ser suspensos no final de outubro e ao término deste ano se for impossível financiá-los.

As povoações mais afetadas por esta decisão estão no norte e centro do país, onde há uma guerra contra o grupo terrorista Estado Islâmico (EI), que estabeleceu um “califado” em parte do território sírio e iraquiano. EFE

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