OSCE denuncia censura e ataques a jornalistas na Crimeia
Viena, 8 mar (EFE).- A Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) denunciou neste sábado o fechamento de veículos de imprensa na Crimeia, ataques a jornalistas e censura, que, o órgão advertiu, não têm lugar em uma democracia.
“A censura extrema, o fechamento de meios de comunicação e centros de imprensa e o ataque e a intimidação de jornalistas deve cessar imediatamente”, reivindica o responsável da OSCE para a Liberdade de Imprensa, Dunja Mijatovic, em comunicado emitido pela sede do organismo em Viena.
Mijatovic lembra que, justo nos tempos de crise, “as pessoas têm que ter acesso sem impedimentos a uma pluralidade de fontes. Caso contrário, podem ser submetidas ao pior tipo de propaganda”.
Segundo a OSCE, nos últimos dias os sinais de várias emissoras ucranianas foram cortados e substituídos por canais russos.
Além disso, vários jornalistas foram ameaçados, atacados fisicamente e inclusive gravemente feridos enquanto cobriam a crise na Crimeia.
“Aqueles que introduzem a censura nos veículos de imprensa não têm lugar em uma democracia. Reitero meu apelo às autoridades da lei e da ordem na Crimeia para que detenham a destruição da liberdade de imprensa e façam todo o possível para garantir a segurança dos jornalistas”, reivindicou Mijatovic.
Após a queda de Viktor Yanukovich na Ucrânia, a autonomia insurgente da Crimeia anunciou sua intenção de se anexar à Rússia e convocou um referendo sobre o tema para o dia 16 de março. EFE
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