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Pai do menino sírio que morreu afogado critica charge: “desumano e imoral”

charge

A criança que se tornou símbolo da crise dos refugiados sírios no ano passado virou charge na revista satírica “Charlie Hebdo” nesta semana. Aylan Kurdi morreu afogado na travessia do mar Egeu entre a Turquia e a Grécia. Uma imagem sua, morto na praia, provocou grande mobilização mundial.

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Em um comunicado, o pai do menino sírio de três anos chamou o desenho do Charlie Hebdo de “desumano e imoral” e disse ser de “tão mau gosto quanto as ações dos criminosos de guerra e terroristas”.

A imagem, assinada pelo editor Riss, mostra um homem correndo atrás de uma mulher com o título: “Migrantes: no que teria se transformado o pequeno Aylan se tivesse crescido?”.

Sem esperar a interpretação de cada leitor, o próprio editor responde com a legenda “apalpador de bundas na Alemanha”. A frase faz referência às agressões sexuais registradas no país europeu na noite de Ano Novo.

A charge rendeu duras críticas nas redes sociais.

A rainha da Jordânia respondeu com um desenho alternativo ao da caricatura do jornal francês. Em suas contas do facebook e Twitter, a rainha Rânia da Jordânia publicou um desenho do jordaniano Osama Hajjaj.

No desenho, é possível observar ao lado do menino afogado outras três etapas da vida dele. Uma dele criança sentado na areia, outra mais adolescente com uma mochila escolar nas costas e outra dele como médico.

Publicada em árabe, inglês e francês, a charge trazia a mesma pergunta inicial do Charlie Hebdo: “No que teria se transformado o pequeno Aylan se tivesse crescido?”.

“Aylan poderia ter sido médico, professor ou pai carinhoso”, respondeu a rainha.

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