Pais de estudantes desaparecidos tentam invadir instalações do exército

  • Por Agencia EFE
  • 12/01/2015 21h47

Iguala (México), 12 jan (EFE).- Parentes dos 43 estudantes desaparecidos em 26 de setembro no México tentaram invadir nesta segunda-feira as instalações do exército no município de Iguala, mas acabaram sendo retirados com violência pelas tropas de choque.

Os familiares chegaram por volta das 13h (local, 17h em Brasília) no 27º batalhão de infantaria, exigindo a liberação da entrada para que pudessem resgatar os estudantes desaparecidos.

Acompanhados por professores e estudantes da Escola Normal Rural de Ayotzinapa, à qual pertenciam os 43 estudantes, os parentes conseguiram adentrar cerca de 15 metros, mas foram retirados com violência pela tropa de choque.

Três estudantes e um dos familiares, identificado como Mario González, foram golpeados durante o confronto.

Na noite de 26 de setembro um grupo de policiais disparou contra dezenas de alunos da Escola Normal de Ayotzinapa, dedicada à formação de professores, por ordem do então prefeito de Iguala, José Luis Abarca, causando a morte de seis pessoas e provocando ferimentos em 25.

Além disso, os policiais capturaram 43 jovens e os entregaram ao cartel “Guerreros Unidos”. Os membros deste cartel afirmam que os estudantes foram assassinados e seus corpos incinerados em um lixão, no entanto, apenas um corpo foi identificado até o momento.

Os membros do exército presenciaram o ataque sem intervir, e os pais dos jovens desaparecidos exigem há semanas que as autoridades investiguem a atuação do exército.

Hoje, depois de terem sido expulsos das instalações militares, alguns estudantes atacaram um caminhão de bebidas para jogá-lo contra o acesso principal e atiraram garrafas de bebidas roubadas de outro caminhão.

Duas pessoas foram detidas e posteriormente liberadas.

Ao retornar para Tixtla, onde fica a Escola Normal de Ayotzinapa, manifestantes atearam fogo em dois caminhões.

Nesta segunda-feira aconteceram também protestos na base naval de Acapulco e no 48º batalhão de infantaria, em Cruz Grande, Guerrero. EFE

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