Países e empresas se comprometem a acabar com o desmatamento até 2030

  • Por Agencia EFE
  • 24/09/2014 00h23

Nações Unidas, 23 set (EFE).- Governos, grandes empresas e representantes da sociedade civil se comprometeram nesta terça-feira a reduzir pela metade a perda das florestas em 2020 e a detê-las totalmente em 2030.

A declaração, selada no marco da Cúpula do Clima de Nova York, promete, além disso, recuperar mais de 350 milhões de hectares de terras degradadas, uma superfície similar à Índia, a fim de impulsionar a luta contra o aquecimento global.

Segundo os signatários do documento, o efeito de todas essas medidas poderia reduzir as emissões de dióxido de carbono -um gás que as árvores absorvem- em entre 4,5 e 8,8 bilhões de toneladas ao ano para 2030.

O efeito, asseguram, seria equivalente em termos de CO2 ao de retirar dr circulação todos os veículos que há no mundo.

A chamada Declaração de Nova York foi assinada no total por 32 países de vários continentes, entre eles Estados Unidos, Canadá e México; vários europeus como França, Alemanha e Reino Unido; e um bom número de latino-americanos, como Chile, Colômbia, Costa Rica, a República Dominicana e Peru.

No entanto, não figuram na lista alguns dos países com maiores florestas de todo o mundo, como o Brasil.

Vários governos acompanharam, além disso, a adoção do documento com o anúncio de compromissos financeiros para apoiar seus objetivos.

Entre outros, a Noruega selou com o Peru um acordo dotado com US$ 300 milhões para proteger a Amazônia, e Alemanha e o Reino Unido divulgaram também iniciativas parecidas.

Além disso, várias grandes potências europeias prometeram desenvolver diretrizes sustentáveis para a importação dessa matéria e outras como a soja, a madeira e a carne de bovino.

Enquanto isso, vários governos -entre eles o da Guatemala- anunciaram sua intenção de recuperar milhões de hectares de florestas e representantes de povos indígenas se comprometeram a proteger as florestas tropicais nas quais habitam.

“Nosso planeta está perdendo florestas a um ritmo de oito campos de futebol a cada dez segundos. Hoje vimos compromissos importantes de empresas, governos, da sociedade civil e de povos indígenas para deter essa tendência”, assinalou em comunicado o presidente da WWF, Carter Roberts. EFE

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