Países mediterrâneos da UE reivindicam financiamento para política migratória

  • Por Agencia EFE
  • 16/04/2014 15h25

Alicante (Espanha), 16 abr (EFE).- Os ministros das Relações Exteriores dos países mediterrâneos da União Europeia afirmaram nesta quarta-feira que é necessário um “apoio financeiro suficiente e eficaz” por parte de todos os membros para enfrentar os fluxos migratórios que afetam suas fronteiras.

Os ministros da Itália, Portugal, França, Chipre, Malta, Grécia e Espanha, reunidos hoje em Alicante (leste da Espanha), destacaram a necessidade de que a UE acelere a aplicação de “medidas específicas” após os “trágicos eventos” relacionados com a imigração irregular ocorridos no Mediterrâneo nos últimos meses, em alusão à morte de subsaarianos que queriam entrar em território europeu.

Por meio de uma declaração conjunta assinada pelos sete titulares das Relações Exteriores, os países mediterrâneos da UE expressaram também a necessidade de fortalecer a cooperação com os países de passagem e origem de imigrantes.

Neste sentido, o documento sustenta que a atuação contra a pressão migratória deve incluir “instrumentos financeiros que promovam o desenvolvimento econômico e social” nos países de origem, assim como solidariedade econômica com os membros da UE que “fazem frente a complexos controles fronteiriços e operações de salvamento” relacionadas com a imigração ilegal.

O documento incide também em que os países de origem reforcem o controle de suas fronteiras para “fomentar uma prevenção efetiva” da imigração irregular, e aposta por ampliar o “uso dos canais existentes de migração legal”.

Por isso, os países signatários elogiaram as associações de mobilidade com o Marrocos ou com Tunísia, instrumentos para facilitar a circulação de pessoas com a UE.

Para esses marcos também pediram dotação econômica suficiente por parte da UE, e afirmaram esperar “com interesse” diálogo com outros países vizinhos.

Os ministros consideraram que a pressão migratória no sul da Europa está aumentando e destacaram em sua declaração conjunta que muitos dos imigrantes que chegam a seus países pretendem continuar sua viagem até outras partes da UE.

Os sete países mediterrâneos pediram que as questões colocadas nesse documento conjunto se abordem no próximo Conselho Europeu, que será realizado em junho de 2014. EFE

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