Papa critica “verdadeira chaga social” do desemprego juvenil

  • Por Agencia EFE
  • 20/06/2015 11h25

Cidade do Vaticano, 20 jun (EFE).- O papa lamentou neste sábado o desemprego juvenil, que classificou como “verdadeira chaga social”, e defendeu que “o mundo laboral deveria estar esperando os jovens”, que nestes anos, segundo sua opinião, sentiram que não são necessários.

“O desemprego é uma verdadeira e própria chaga social, porque priva os jovens de um elemento essencial para a sua realização e, o mundo econômico, da contribuição de forças juvenis. O mundo do trabalho deveria ter a expectativa de poder contar com jovens preparados e desejosos de trabalhar e progredir”, disse Francisco durante uma audiência com os membros da Federação Nacional dos Cavaleiros do Trabalho da Itália.

“Não obstante, a impressão é que eles não servem para nada. Este é um sintoma de uma disfunção grave, que não pode ser atribuída somente a causas globais ou internacionais”, acrescentou o pontífice.

O papa defendeu que o bem comum, “fim último da vida em convivência, não pode ser alcançado através de um mero aumento dos lucro ou da produção, mas deve envolver ativamente todos os sujeitos que compõem o corpo social”.

Francisco referiu que a doutrina social da Igreja diz continuamente “que o ser humano é o centro do desenvolvimento e que, enquanto homens e mulheres permaneçam passivos ou à margem, o bem comum não poderá ser considerado plenamente alcançado”.

“Vocês se distinguiram porque ousaram e arriscaram, investiram ideias, energias e capitais, fazendo-os frutificar. Eis o alcance social do trabalho: a capacidade de envolver as pessoas e confiar-lhes responsabilidades, estimulando sua criatividade e esforço”, afirmou o papa.

“Só se a economia estiver baseada na justiça e no respeito, poderá experimentar um autêntico desenvolvimento que não marginalize indivíduos e povos, que afaste a corrupção e os crimes e não perca o cuidado com o meio ambiente”, disse.

Francisco concluiu: “É verdadeiramente justo quem, além de respeitar as regras, age com consciência e interesse pelo bem de todos, além do próprio. É justo quem leva no coração a sorte dos mais desfavorecidos e pobres, quem não se cansa de trabalhar e está preparado a empreender sempre caminhos novos”.

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