Para Cuba, rede social dos EUA integra megacampanha de agressão tecnológica

  • Por Agencia EFE
  • 06/04/2014 20h05

Havana, 6 abr (EFE).- ZunZuneo, uma rede social que os Estados Unidos confirmou que lançou em 2010 em Cuba e que funcionou até 2012, é apenas a “ponta do iceberg” que oculta uma gigantesca “campanha subversiva de agressão tecnológica”, afirmou neste domingo a imprensa oficial cubana.

Os Estados Unidos confirmaram nesta semana que em 2010 lançaram uma rede social em Cuba, que esteve em andamento até 2012, com o objetivo de aumentar o acesso dos cubanos à informação, mas ressaltou que “não oferecia conteúdo político”. O projeto foi realizado pela Agência de Ajuda ao Desenvolvimento (Usaid).

“Os programas podem ter diversos nomes e provir de múltiplas fontes: da própria Usaid, do Instituto Republicano Internacional (IRI), do Instituto Nacional Democrata para Assuntos Internacionais (IND) e do Escritório de Transmissões a Cuba (OCB)”, sustenta um artigo publicado pelo jornal “Juventud Rebelde”.

O rotativo oficial da “União de Jovens Comunistas” ressalta que após o fracasso do ZunZuneo, a OCB, junto ao projeto americano de rádio e televisão “Martinoticias”, se encarregou de estruturar uma rede semelhante, denominada “Piramideo”, que se nutre de fundos secretos de “procedência duvidosa”.

Explica que esse plano promove a criação de uma rede de “amigos”, a que oferece a possibilidade que uma pessoa envie aos membros de seu “pirâmide” um SMS em massa pelo valor de uma só mensagem.

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O jornal afirma que essa estratégia procura subtrair recursos de Cuba, além de criar uma espécie de “canal de comunicação” entre “facções contrarrevolucionárias (opositoras)” e inclusive denuncia que pretendeu enganar os trabalhadores privados e os artistas cubanos com a oferta da plataforma gratuita ou a preços mais baixos que os estatais para promover seus serviços e obra.

Também denuncia o plano “Conmotion” com a finalidade de oferecer a supostos “empreendedores tecnológicos” da ilha o equipamento necessário para criar suas próprias redes sociais e vinculá-las com o exterior.

Nesse sentido, diz que esse projeto tem como “alvo principal” os cubanos jovens, para “desinformá-los sobre a situação do país” e que está destinado a “criar a confusão, semear o pessimismo e o desânimo”.

Assegura que estes planos buscam “minar” a base econômica que lhe permita ao Estado cubano seguir investindo em melhorar as telecomunicações e acercá-las mais à população e que tentam criar o “falso mito da gratuidade” de muitos desses serviços, que são subvencionados por empresas fantasmas e fundos mercenários de diversas agências governamentais dos Estados Unidos.

Concretamente, considera que todos têm o objetivo comum, há anos, de “tentar em vão dividir o povo cubano e derrubar a Revolução”.

Uma reportagem da imprensa americana revelou na quinta-feira passada que o projeto ZunZuneo, supostamente clandestino, começou em 2009 com a obtenção de meio milhão de números de telefones celulares de Cuba. EFE

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