Para ministra da Igualdade Racial, racismo é menor do que o esperado na Copa

  • Por Agencia EFE
  • 20/06/2014 15h54
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Rio de Janeiro, 20 jun (EFE).- A ministra-chefe da Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Helena de Bairros, afirmou nesta sexta-feira que as manifestações racistas até o momento na Copa do Mundo são em menor número que o esperado.

A representante afirmou, além disso, que o Brasil está aproveitando a competição para dar visibilidade à diversidade étnica e contribuir para promover a igualdade entre as etnias.

“A competição que envolve 32 países é o momento ideal para agirmos, pois diferentes culturas estão reunidas. Essas manifestações são estranhas ao ser humano”disse Luiza.

“Os casos estão sendo seriamente apurados pela Polícia Federal. Colhemos denúncias para identificar e notificar os envolvidos. Queremos melhorar o panorama até o dia 13 de julho”, afirmou a ministra em entrevista coletiva no Rio de Janeiro.

A ministra acrescentou que, para alcançar esse objetivo, é necessário que as imagens dos torcedores nos jogos mostrem essa diversidade existente e não apenas famílias brancas.

Sobre manifestações racistas registradas durante a Copa, a titular destacou as que apareceram nas redes sociais, “que foram mais frequentes que nos estádios”.

Quanto à atuação do governo perante as situações de discriminação racial nos estádios, explicou que é necessária a parceria com a Fifa, que é o organismo encarregado do acompanhamento destes atos dentro das instalações.

Quanto às manifestações racistas fora dos campos, o procedimento consiste em dar lugar à denúncia, identificar os autores e enviá-los ao Ministério Público.

Luiza analisou, ainda, que o fato de que a discriminação esteja no ponto de mira do Executivo e dos veículos de imprensa é um sinal de maturidade da sociedade.

“O racismo deixou de ser naturalizado. As pessoas estão com o olhar mais treinado para perceber isso, como algo negativo para a sociedade como um todo. Deixou de ser natural as pessoas irem aos estádios para dizer algo sobre o pertencimento racial ou da sexualidade da outra”, conluiu. EFE

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