Paraguai destrói 334 hectares de maconha perto da fronteira com o Brasil

  • Por Agencia EFE
  • 18/02/2014 20h42

Capitán Bado (Paraguai), 18 fev (EFE).- Agentes antidrogas do Paraguai destruíram 334 hectares de maconha na região que faz fronteira com o Brasil nos primeiros dias de uma grande operação realizada com o apoio da Polícia Federal brasileira, informou hoje a Secretaria Antidrogas (Senad).

Chamada de “Nova Aliança VII”, a operação começou em 13 de fevereiro, e consiste em localizar e destruir as plantações de maconha mediante incursões aéreas e terrestres nas regiões de cultivo.

A Senad montou uma base de operações no destacamento militar de Capitán Bado, cidade que faz fronteira com Coronel Sapucaia, no Mato Grosso do Sul.

O titular da secretária, Luis Rojas, disse nesta terça-feira à Agência Efe que a produção de maconha no Paraguai “é toda uma indústria”. Segundo ele, ela não está nas mãos dos camponeses, mas de redes de criminosos nacionais e internacionais.

Conforme os cálculos da Senad, a eliminação dos 334 hectares de maconha, que poderiam ter gerado mil toneladas de droga, representam uma perda econômica para o narcotráfico de US$ 30 milhões, levando em conta que o quilo no Paraguai custa cerca de US$ 30. Além disso, os agentes apreenderam 1.320 quilos de maconha picada e 86 quilos de sementes.

O Brasil deu apoio logístico à operação “no marco do princípio de responsabilidade compartilhada perante um problema regional”, afirmou Rojas.

O Paraguai é o segundo maior produtor de maconha do mundo, depois do México, e Brasil é o seu maior mercado. Fevereiro é um dos meses de maior produção, já que atende ao aumento da demanda por conta do Carnaval, informou o titular.

Entre 2012 e 2013 os agentes do órgão paraguaio destruíram 2.583 hectares de maconha, que teriam produzido 7.749 toneladas da droga, com um valor aproximado de US$ 276,7 milhões. EFE

sct/cdr

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.