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Parlamento do Afeganistão rejeita ministro da Defesa e não completa governo

Cabul, 4 jul (EFE).- O parlamento do Afeganistão rejeitou neste sábado a nomeação de Masoom Stanekzai como ministro da Defesa, deixando vazia uma pasta chave no meio da crescente insegurança e impedindo mais uma vez completar o governo que o país aguarda há nove meses.

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Em uma sessão televisionada ao vivo por canais locais, o candidato proposto pelo presidente afegão, Ashraf Ghani, e o chefe de governo, Abdullah Abdullah, obteve 84 votos dos 107 necessitários para ser nomeado titular da Defesa, a última pasta do Gabinete que ainda precisa ser preenchida.

O analista político Matiullah Kharoti responsabilizou as divergências entre os partidos como principal razão da falta de apoio à sua candidatura e advertiu que diferentes grupos de parlamentares fizeram propaganda negativa contra Stanekzai.

“Acho que não há nenhuma outra pessoa a apresentar para o ministério de Defesa”, acrescentou, sobre o panorama de curto prazo após a decisão do parlamento, que depois de anunciar o resultado da votação pediu a Gani que proponha outro candidato para o posto.

Stanikzai, membro do Alto Conselho para Paz do Afeganistão, órgão encarregado de negociar com os talibãs, é o segundo candidato a ministro da Defesa rejeitado pelo Legislativo e o terceiro proposto, já que outro renunciou antes de se submeter a votação.

A decisão acontece em meio a um aumento nos ataques insurgentes em todo o país por causa da ofensiva da primavera talibã iniciada no final de abril e dois meses depois de membros do grupo se reunirem “informalmente” no Catar com representantes do Conselho para a Paz e a sociedade civil.

A formação do Gabinete afegão está pendente desde que Gani tomou posse, em setembro de 2014, no primeiro revezamento democrático na história recente do país.EFE

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