Partido Colorado paraguaio suspende prefeito acusado de matar jornalista

  • Por Agencia EFE
  • 05/11/2014 16h19
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Assunção, 5 nov (EFE).- O Tribunal de Conduta do Partido Colorado do Paraguai suspendeu nesta quarta-feira “preventivamente” de sua militância o prefeito da cidade de Ypejhú, Vilmar Acosta, acusado de ser o autor intelectual do assassinato de um jornalista mês passado, informou o partido.

O órgão interno do partido tomou a medida cautelar, que abre um resumo e suspende Acosta da militância, até a realização de julgamento oral dentro do próprio partido, na próxima sexta-feira, o que poderia resultar em sua expulsão definitiva, explicou à Agência Efe a advogada Rocío Fernández Scholi, membro titular do Tribunal de Conduta.

A investigação preliminar da procuradoria do assassinato do jornalista do jornal “ABC Color” Pablo Medina e de sua assistente, Antonia Almada, apontou Acosta como “autor intelectual” do crime e seu irmão Wilson Acosta e seu sobrinho Flavio Acosta como autores materiais. Todos estão foragidos.

Segundo Fernández, o Tribunal de Conduta avalia também suspender Wilson Acosta, que consta como filiado do Partido Colorado, o mesmo do presidente do Paraguai, Horacio Cartes.

Medina, de 53 anos, e Almada, de 19, morreram quando viajavam em um automóvel e foram interceptados por homens armados.

Estava com eles Juana Ruth Almada, irmã da jovem assassinada, única sobrevivente do atentado, que reconheceu Wilson Acosta como um dos autores do crime.

Medina era conhecido por suas reportagens sobre o tráfico de maconha e pelo relacionamento com os poderes políticos em Canindeyú, o departamento onde foi assassinado.

O crime gerou um amplo debate entre a classe política e a sociedade paraguaia sobre as possíveis relações entre políticos e traficantes de drogas.

O Paraguai é o maior produtor de maconha da América do Sul e a maior parte dessa droga tem o Brasil como destino. EFE

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