PEC do Teto vai acabar com investimento público, diz Alckmin

  • Por Estadão Conteúdo
  • 19/09/2016 13h33
04/12/2015- São Paulo- SP- Brasil- O governador Geraldo Alckmin anunciou nesta sexta-feira (4) o adiamento da reorganização escolar. A coletiva foi realizada no Palácio dos Bandeirantes. Du Amorim/ A2img Geraldo Alckmin

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), fez críticas à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241, que coloca um teto no crescimento dos gastos públicos pela inflação do ano anterior, medida que o presidente Michel Temer encaminhou ao Congresso Nacional. Segundo Alckmin, com a validade da PEC, se os governos aumentarem as despesas com pessoal e custeio, não poderão gastar em investimentos devido ao limite pela regra. 

“Na prática, se não cuidarmos, vai acabar o investimento público”, disse Alckmin, nesta segunda-feira, 19, ao comentar os efeitos da PEC durante debate na BM&F Bovespa. Estavam ao lado do tucano os governadores Beto Richa (PSDB-PR) e Raimundo Colombo (PSD-PR). 

“Se não cuidar, o que é bem intencionado vai virar em algo que vamos desconhecer o crescimento”. Alckmin criticou o governo federal por não colocar o crescimento econômico como adicional ao teto. 

A Saúde será um dos setores prejudicados, segundo ele. “O governo federal ignora o crescimento na economia. Vai ter problema na Saúde, vai ter que mudar o SUS (Sistema Único de Saúde) e vai cair nas costas dos Estados e prefeitos”.

Colombo, de Santa Catarina, disse que a reforma da Previdência seria uma medida mais emergencial que o teto de gastos. “Vai cortando, cortando, daqui a pouco não tem mais o que fazer. Eu daria muito mais ênfase para um resolver um problema mais prático, que é a Previdência”, avaliou.

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