Pentágono pede que esperem investigação para opinar sobre sargento Bergdahl

Bruxelas, 4 jun (EFE).- O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel, pediu nesta quarta-feira para esperar pelos resultados da investigação aberta sobre o caso do sargento americano Bowe Bergdahl, libertado após cinco anos de cativeiro no Afeganistão, diante das vozes que afirmam que é um desertor.

“Até que não tenhamos os fatos (…) acho que é um pouco injusto representar nada”, declarou Hagel em entrevista coletiva depois de participar em reunião ministerial da Otan, na qual disse que antes de fazer esses comentários é preciso pensar na família do sargento e no recém-libertado. Nos EUA, “não fazemos as coisas assim: confiamos nos fatos”, acrescentou.

O chefe do Pentágono ressaltou que o exército americano fará uma “revisão global de todas as circunstâncias” sobre o desaparecimento do sargento Bergdahl.

“Iremos aos fatos, mas antes vamos ter certeza de que o sargento Bergdahl ficará bem, em que recuperará sua saúde”, comentou.

Pediu não esquecer que se trata de “um membro das Forças Armadas dos EUA, um sargento do exército americano”, e ressaltou que Washington “tem e sempre terá a responsabilidade de trazer outra vez (para casa) a seus soldados”.

“Outras questões e fatos sobre o sargento Bergdahl serão abordadas posteriormente”, insistiu.

O secretário do exército americano, John McHugh, assegurou na terça-feira que revisará o caso, incluindo conversas com o sargento para compreender melhor o acontecido, diante das acusações que desertou por parte de alguns de seus companheiros.

Por enquanto, mais de 11 mil pessoas assinaram um pedido à Casa Branca para que o sargento seja “castigado, não premiado”.

Perguntado se considera que Bergdahl deve conservar sua categoria militar, Hagel respondeu: “não cabe a mim como antigo sargento americano, do que me sinto orgulhoso, decidir quem merece ser sargento e quem não”.

Questionado ainda sobre se houve baixas entre os soldados americanos que tentaram resgatar o militar, Hagel disse não conhecer “circunstâncias específicas ou detalhes de soldados dos EUA que morressem como resultado dos esforços por encontrar e resgatar ao sargento Bergdahl”.

“Não estou sabendo desses detalhes específicos ou de qualquer fato em relação com esse assunto”, concluiu.

Bergdahl foi resgatado no sábado por uma equipe de Operações Especiais dos EUA no Afeganistão após semanas de intensas negociações em que funcionários americanos, através do governo do Catar, acordaram uma troca de prisioneiros com os talibãs, que o libertaram. EFE

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