A queda de Dilma Rousseff na pesquisa Datafolha reforçou o pessimismo da população com o governo e pode obrigar o PT a lançar candidatura de Lula. Os números mostram a petista com 37% das intenções de voto, contra 20% de Aécio Neves, do PSDB.
Os dados indicam que a chance de segundo turno é cada vez mais alta, enquanto que o ex-presidente teria 49% da preferência. Em entrevista a Thiago Uberreich, o historiador Marco Antônio Villa, disse que Lula aparece como único nome viável para o PT continuar no poder.
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O historiador Marco Antônio Villa acrescentou que Lula usaria o sacrifício pessoal como mote para voltar ao cenário político. O antropólogo da Unesp, Cláudio Bertolli Filho, ressaltou que os números do Datafolha só confirmam o descontentamento social.
O antropólogo Cláudio Bertolli Filho apontou ainda para a dificuldade de diálogo de Dilma Roussef com os movimentos sociais. O professor de Ética e Filosofia Política da Unicamp, Roberto Romano, concordou com a tese de que Lula não é plano B, mas plano A.
O Roberto Romano, da Unicamp, acredita que o PT terá de tomar uma decisão até o fim do mês. O professor da Fundação Escola de Sociologia Política de São Paulo, Rui Tavares Maluf, analisou que até a troca de candidatos também é desgastante.
Maluf apontou que a substituição pela candidatura de Lula seria explorada ao extremo pelos adversários. Os partidos têm até as convenções de junho para decidir os nomes das eleições de outubro.