Pesquisas indicam vitória conservadora em eleições regionais na França

Paris, 22 mar (EFE).- As primeiras pesquisas de boca de urna divulgadas neste domingo indicam uma vitória da centro-direita no primeiro turno das eleições departamentais da França e uma forte derrota para o Partido Socialista, que atualmente governa o país.

Os levantamentos apontam a vitória, com entre 31% e 36 % dos votos, da aliança entre os conservadores da União por um Movimento Popular (UMP) e os centristas da União de Democratas e Independentes (UDI).

A extrema-direita da Frente Nacional (FN), que partia como favorita nas pesquisas, não conseguirá ser o partido mais votado, mas, apesar de tudo, pode ser a segunda força política, segundo os primeiros indícios, com cerca de 25% de apoio.

Além disso, os socialistas do presidente François Hollande e do primeiro-ministro Manuel Valls podem ficar abaixo dos 20% e partirão em inferioridade de condições para o segundo turno, que será realizado no domingo, 29 de março.

Quanto aos grandes blocos eleitorais, produto da soma dos votos de todos os partidos segundo sua afinidade ideológica, a centro-direita ficaria com 38%, a esquerda chegaria a 37% e a extrema-direita ficaria com 25%, segundo a pesquisa divulgada pelo canal de notícias “BFM TV”.

A participação, segundo a estimativa da emissora pública “France Info”, será de 51,3%. O último dado oficial, divulgado às 13h de Brasília, situava em 42,98% o percentual de eleitores que compareceram às urnas.

O sistema de votação nas eleições departamentais é inédito, por isso é difícil estabelecer uma comparação direta com o pleito anterior.

As eleições reúnem em uma mesma votação as cantonais e departamentais, em virtude de uma reforma administrativa aprovada em 2013.

No pleito de 2011, houve votação apenas na metade dos departamentos.

O dado mais próximo corresponde às eleições para o Parlamento Europeu (PE), em maio do ano passado, quando a FN se situou como a primeira força política do país, com 25% dos votos.

Cerca de 44,6 milhões de franceses estavam aptos a votar nas eleições deste domingo. EFE