Petistas também criticam demora na troca do comando da Petrobras

  • Por Agência Estado
  • 03/02/2015 21h44
RIO DE JANEIRO, RJ - 22.12.2014: PETROBRAS - A presidente da Petrobras, Graça Foster, admitiu que encontrou pessoalmente "algumas poucas vezes" a funcionária Venina Velosa da Fonseca, que afirma ter feito denúncias de irregularidades na área de abastecimento da companhia, mas negou que tenha sido omissa na apuração de supostos desvios apontados pela ex-gerente. ( Foto: Ricardo Borges/Folhapress) Ricardo Borges/Folhapress Presidente da Petrobras

Na expectativa da definição do futuro de Graça Foster no comando da Petrobras, parlamentares do PT na Câmara fizeram coro à oposição e pediram a saída rápida da presidente da estatal. No dia em que o mercado viveu forte movimentação com os rumores sobre a demissão da dirigente, os petistas dizem que a presidente Dilma Rousseff “demorou demais” para trocar a direção da empresa, por “teimosia”.

Deputados ouvidos pelo Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado destacam o desgaste vivido pela estatal com a manutenção de Graça ao longo dos últimos meses. “Já deveria ter feito (a troca da direção). As circunstâncias estão levando a isso”, comentou um parlamentar do partido.

“A Graça tem seu valor, mas com essa sucessão de escândalos gera um desgaste. É necessária a substituição”, defendeu um petista da bancada paulista.

Mais cedo, deputados do PMDB e da oposição já davam como certa a saída de Graça. Para eles, a mudança no comando da Petrobras proporcionaria a recuperação da credibilidade da empresa.

“A instituição perdeu muito. A renovação da diretoria poderia ter evitado o caos que se estabeleceu”, comentou Manoel Júnior (PMDB-PB), um dos candidatos a líder da bancada. Um dirigente petista concordou com as críticas sobre a demora na substituição da executiva. “Já demorou demais. Só pode ser teimosia (de Dilma)”, afirmou.

O líder do DEM na Casa, Mendonça Filho (PE), acredita que Graça já não tem mais condições de permanecer na estatal. “A Petrobras precisa de um novo comando que restaure a credibilidade da empresa e que possa devolver à Petrobras a boa governança, retirando o aparelhamento político”, comentou.

*Daiene Cardoso

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