PIB grego cairá de 2% a 4% em 2015, segundo análise de comissão do parlamento
Atenas, 29 jul (EFE).- O Produto Interno Bruto (PIB) da Grécia sofrerá neste ano previsivelmente uma queda de 2% e 4%, ao invés do crescimento de 0,5% previsto inicialmente, em boa parte devido aos controles de capital impostos pelo governo há um mês.
Segundo o relatório semestral elaborado pelos analistas do Escritório de Orçamentos do parlamento grego, divulgado nesta quarta-feira, a desaceleração da economia continuará nos próximos meses, e as restrições bancárias demorarão algum tempo para serem suspensas em sua totalidade.
De acordo com as novas previsões, o prejuízo econômico sofrido neste período fará com que, ao invés de um superávit primário de 1% do PIB estipulado com os credores da Grécia, o país registre um déficit primário d 1%.
Este dado é de especial importância neste momento, pois os representantes dos credores estão em Atenas para negociar o terceiro pacote de ajuda financeira ao país, e espera-se que os novos cálculos influam nas conversas.
A saída de depósitos da Grécia chegou a 37 bilhões de euros entre novembro de 2014 e junho deste ano, de acordo com a análise. E os próximos meses e talvez dois ou três anos serão difíceis para a política, a economia e a sociedade do país, e uma situação ruim pode se tornar ainda pior se não houver acordo para um terceiro resgate.
“O estado da economia no primeiro semestre de 2015 se agravou porque o país voltou a uma situação recessiva”, constataram os analistas.
De acordo com eles, esse panorama tem muitas causas: primeiro, as incertezas durante o processo eleitoral; depois, a falta de acordo com as instituições credoras, o que teve um impacto negativo sobre os investimentos empresariais. Houve ainda um retrocesso no consumo e continuaram as quebras empresariais, a perda de empregos e outra série de fatores que começaram inclusive a afetar o turismo, afirmaram os economistas.
Para eles, é de vital importância chegar a um acordo com os credores, pois um retorno ao dracma, se a Grécia abandonar o euro, pode desencadear um círculo vicioso de desvalorização e inflação. EFE
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