Polícia prende 209 pessoas durante remoção de acampamento em Hong Kong

  • Por Agencia EFE
  • 12/12/2014 03h10

Hong Kong, 12 dez (EFE).- Um total de 209 pessoas detidas, entre eles políticos e líderes estudantis, foi o saldo do desmantelamento do principal acampamento de manifestantes pró-democracia em Hong Kong, muitos dos quais foram libertados na madrugada desta sexta-feira.

A operação, que pôs fim à maior campanha de desobediência civil vivida no território chinês, se desenvolveu por cerca de 12 horas, de forma pacífica, em Admiralty, o principal distrito financeiro da cidade e onde se encontram os principais escritórios do governo local.

A polícia acabou com o acampamento com a detenção de 209 pessoas (segundo dados oficiais definitivos), que resistiram a deixar o local isolado pelos agentes, mas sem oferecer resistência quando foram transferidos, um a um, para as viaturas policiais.

A maioria dos detidos, entre eles os líderes estudantis e parlamentares liberais, foi libertada ao longo da madrugada desta sexta-feira, segundo a imprensa local.

Durante a operação policial, os agentes recolheram dados pessoais de outras 909 pessoas que tentaram permanecer no acampamento e não obedeceram às advertências dos policiais.

Enquanto muitos agentes procediam com as detenções, outros se encarregavam de desmantelar todo o acampamento de protesto, ajudados por operários de limpeza e caminhões, onde foram colocados todos os pertences deixados pelos ativistas após a manifestação.

O trânsito de veículos foi reestabelecido na maior parte das ruas que estiveram bloqueadas durante 75 dias após a meia-noite de ontem.

Hoje, Hong Kong amanheceu quase sem nenhum vestígio dos mais de dois meses de ocupação no distrito de Admiralty. No entanto, um pequeno grupo de ativistas permanece no distrito de Causeway Bay.

Fontes policiais disseram durante a madrugada que o desmantelamento do pequeno acampamento de Causeway Bay, um distrito comercial e com grande densidade populacional, será realizado nos próximos dias.

Horas depois da operação de remoção dos manifestantes, muitos ativistas voltaram às redes sociais para começar a segunda etapa dos protestos, convocando as pessoas a permanecerem nas ruas. EFE

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