Polícia prende quatro suspeitos de estupro no interior do Piauí

  • Por Estadão Conteúdo
  • 17/06/2016 21h00
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Reprodução/YouTube Estupro coletivo

A Polícia Civil prendeu na tarde desta quinta-feira, 16, Emerson Saraiva Rodrigues, de 18 anos, Francisco das Chagas Ribeiro Filho, de 23, Paulo Henrique Bezerra, de 25, e Tiago de Oliveira Melo, de 27, acusados do estupro coletivo contra uma jovem de 21 anos, no município de Sigefredo Pacheco, no Piauí. Um outro acusado, de 22 anos, continua foragido.

A prisão foi autorizada pela Justiça que concedeu o pedido de prisão preventiva dos suspeitos de terem filmado o estupro e divulgado por meio do aplicado WhatasApp. No vídeo, a mulher estava desacordada dentro de um carro e não esboçou nenhuma reação ao ato, acontecido no dia 3 de junho, mas que só foi denunciado no dia 13, na delegacia de Campo Maior.

O delegado Laércio Evangelista que preside a investigação e o inquérito sobre o estupro, disse que “os suspeitos confessaram a participação no vídeo e um deles admitiu que houve conjunção carnal com a vitima”.

A vitima relatou a polícia que os acusados lhe ofereceram dinheiro para que não fosse denunciar o caso à policia. Ela conhecia os rapazes. Segundo o depoimento, eles lhe ofereceram um copo de bebida e ela desmaiou, não lembrando mais de nada do que aconteceu. Somente depois, tomou conhecimento do acontecido pelo vídeo.

A vítima sentiu a falta do celular e procurou um dos acusados, quando perguntou o porquê de eles terem feito aquilo com ela e ainda tinha gravado e divulgado o vídeo. Na gravação, um deles aparece dizendo: “amanhã todo mundo preso em Sigefredo Pacheco”. A jovem abusada teve de mudar de cidade.

Ela disse sentir muita vergonha e não ter coragem de sair na rua “Não tive coragem nem de ver o vídeo todo. Me sinto muito abalada psicologicamente com isso. Foi horrível”, declarou ao delegado.

Segundo dados da Secretaria Estadual de Segurança Pública, no ano passado foram registrados 539 casos de estupro no Piauí. A representante da União de Mulheres Piauienses (UMP), Maria Lúcia Oliveira, afirmou que os número são subnotificados porque boa parte da mulheres não registram a ocorrência na polícia por medo ou pelo constrangimento de reviver o caso. “Muitas vezes não tem nenhum resultado da investigação”, reclamou.

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