Polícia queniana prende mais 3 envolvidos em massacre em universidade

  • Por Agencia EFE
  • 04/04/2015 07h55

Nairóbi, 4 abr (EFE).- A polícia queniana deteve outros três homens envolvidos com o massacre que na quinta-feira passada deixou 148 mortos na Universidade de Garissa, no nordeste do Quênia, quando tentavam fugir à Somália, informou neste sábado a imprensa local.

As autoridades acreditam que os três detidos, que se juntam a outros dois que já tinham sido presos, são cúmplices do suposto autor intelectual do massacre, um morador local chamado Mohammed Kuno, que foi vinculado com outros ataques do grupo islamita no nordeste do Quênia.

Por enquanto não foram informados nem os nomes nem as nacionalidades dos detidos, mas espera-se que os interrogatórios possam oferecer mais detalhes sobre a preparação do ataque e fornecer pistas importantes para capturar Kuno.

O governo ofereceu uma recompensa por qualquer informação que leve à detenção de Kuno, que está foragido desde dezembro do ano passado.

Segundo um relatório de segurança ao qual teve acesso o jornal “Daily Nation”, Kuno é um antigo professor de Garissa e utiliza até três sobrenomes: Sheikh Mahamad, Dulyadin e Gamadheere.

Kuno se uniu à militância islamita quando ainda existia a União das Cortes Islâmicas (UCI), que acabaria dividia em vários grupos, entre os quais depois se destacaria Al Shabab, no qual entrou em 2009.

O relatório também assegura que Kuno é o líder de Al Shabab na região somali de Juba, que faz fronteira com as províncias quenianas mais afetadas s pelos ataques do último ano: Mandera, Wajir, Garissa e Lamu.

Na quinta-feira passada um grupo de milicianos de Al Shabab entrou na Universidade de Garissa e, após 16 horas de combates, matou 148 pessoas, das quais 142 eram estudantes e as outras seis, membros das forças de segurança.

Trata-se do ataque mais mortífero realizado pelo grupo islamita no Quênia e o segundo com mais vítimas depois do atentado de 1998 contra a embaixada dos Estados Unidos em Nairóbi, que deixou 213 mortos. EFE

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