Polícia reprime onda de denúncias de assédio sexual no metrô de São Paulo

  • Por Agencia EFE
  • 20/03/2014 18h43
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São Paulo, 20 mar (EFE).- A Polícia Civil começou nesta quinta-feira uma campanha para reprimir e está investigando uma série de denúncias de assédios sexuais no metrô de São Paulo, no qual os agressores, além de abusar das mulheres, as gravam e fotografam para divulgar as imagens pela internet.

Somente neste ano, 17 pessoas foram presas, duas delas nesta semana, e as autoridades policiais afirmaram que estão trabalhando com rastreamentos de redes sociais e endereços de IP para localizar mais suspeitos.

Conhecido como “frotteurismo”, o fenômeno é caracterizado pelo prazer que um indivíduo tem em se esfregar de maneira sexual em uma pessoa com roupa e sem o seu consentimento, e se complementa com gravações e fotografias feitas com celulares que registram tudo para depois divulgá-lo pela internet.

Em algumas ocasiões, os suspeitos conseguem filmar as peças íntimas da vítima por debaixo das saias ou realizam primeiros planos dos decotes que depois postam em redes sociais, no YouTube ou compartilham através da aplicativos de mensagem instantânea no celular. Os responsáveis evitam gravar a si mesmos durante os fatos, e colocam os vídeos e fotografias na internet sob pseudônimos, para dificultar a identificação.

O metrô de São Paulo conta com cerca de 4 milhões de usuários diários, o que gera grandes aglomerações e facilita a atuação.

Em 2007, o estado aprovou um projeto de lei para reservar um vagão exclusivo para mulheres durante os horários de pico e, deste modo, evitar situações de assédio. No entanto, e pelas críticas recebidas por várias associações feministas, este projeto nunca chegou a entrar em vigor. EFE

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