Aliados de Lula veem atos contra anistia e PEC da Blindagem como fator de pressão sobre Congresso
Protestos, convocados por centrais sindicais, partidos de esquerda e artistas, ocorreram em pelo menos dez capitais, com destaque para Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília
Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avaliam que a adesão popular às manifestações realizadas neste domingo (21) contra a anistia a golpistas e a chamada PEC da Blindagem pode frear a tramitação das propostas no Congresso e manter a pressão sobre condenados por tentativa de golpe de Estado.
Os protestos, convocados por centrais sindicais, partidos de esquerda e artistas, ocorreram em pelo menos dez capitais, com destaque para Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília. Na capital federal, manifestantes cobraram do Legislativo prioridade para projetos de interesse social, como o fim da escala 6 por 1 e a isenção de Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil.
Para o deputado Paulo Pimenta (PT-RS), ex-ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, os atos reforçam a base de apoio ao governo. “O apoio ao presidente Lula neste momento acaba sendo o grande guarda-chuva dessas pautas de salário mínimo, escala 6 por 1, soberania nacional. Mesmo sendo um ato difuso, com certeza fortalece esse campo popular e democrático”, afirmou.
O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), classificou a mobilização como uma “virada” na pauta política. “O projeto da anistia e a PEC da Blindagem perdem força. Essa revisão de penas também. A gente espera que essa virada popular facilite a aprovação de projetos que têm interesse do governo e da população brasileira”, disse.
Um dos destaques da manifestação em Brasília, o ex-ministro José Dirceu criticou a prioridade do Congresso em votações de interesse dos parlamentares. “Eles bloqueiam a isenção do Imposto de Renda, o vale-gás, a isenção da conta de luz e param o País para votar a PEC da impunidade. Mas o Brasil está mudando, a prova somos nós aqui hoje e em todo o Brasil”, declarou.
As manifestações também foram vistas pelo Palácio do Planalto como oportunidade para ampliar apoio a projetos considerados prioritários, enquanto a oposição insiste em avançar com a PEC da Blindagem, que beneficia parlamentares processados, e com a proposta de anistia a envolvidos em atos golpistas.
*Com informações do Estadão Conteúdo


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