Anderson Torres deixa batalhão da PM no Distrito Federal quase quatro meses após prisão

Soltura do ex-secretário do DF foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF; ele estava detido desde 14 de janeiro, por suposta omissão nos atos de 8 de Janeiro

  • Por Jovem Pan
  • 11/05/2023 21h17 - Atualizado em 12/05/2023 00h10
Wesley Amaral/Câmara dos Deputados Anderson Torres Torres foi solto após ficar quatro meses na prisão

O ex-secretário de Segurança do Distrito Federal Anderson Torres deixou na noite desta quinta-feira, 11, o 4º Batalhão da Polícia Militar, onde estava preso desde 14 de janeiro. A soltura do ex-ministro do governo Bolsonaro acontece após decisão de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que revogou a prisão preventiva mediante aplicação de medidas cautelares, entre elas, o uso de tornozeleira eletrônica. Como a Jovem Pan mostrou, Torres chega em casa após ficar preso desde 14 de janeiro por suposta omissão nos atos do 8 de Janeiro, quando as sedes dos Três Poderes – Palácio do Planalto, Congresso Nacional e o prédio do STF – foram invadidas e depredadas. Na ocasião, Anderson era secretário de Segurança do Distrito Federal, mas estava de férias nos Estados Unidos. Em nota encaminhada à reportagem, a defesa do ex-secretário disse receber “com serenidade e respeito” a decisão pela soltura e exaltou que o “maior interessado na apuração célere dos fatos” é o próprio ex-ministro. A defesa reitera sua confiança na Justiça e seu respeito irrestrito ao Supremo Tribunal Federal”, diz o comunicado.

Anderson Torres também deverá respeitar outras medidas cautelares além do uso de tornozeleira eletrônica, como proibição de se ausentar do Distrito Federal, a entrega de seus passaportes, que deverão ser cancelados, a suspensão de documentos de porte de arma de fogo e recolhimento domiciliar no período noturno. Além disso, Alexandre de Moraes também determinou o afastamento imediato do ex-secretário do cargo de delegado de Polícia Federal. O ministro condiciona a liberdade ao comparecimento semanal diante do Juízo da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, em todas as segundas-feiras, e proíbe o ex-secretário de utilizar as redes sociais ou se comunicar com os demais envolvidos.

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