AO VIVO: ‘Ordem para produção da cloroquina não partiu da Saúde’, diz Mandetta na CPI; acompanhe

Presidente da CPI, senador Omar Aziz adiou depoimento de Pazuello para o dia 19 de maio; general pediu dispensa de sua oitiva por ter tido contato com assessores infectados com coronavírus

  • Por Jovem Pan
  • 04/05/2021 10h22 - Atualizado em 04/05/2021 18h28
Wallace Martins/Estadão Conteúdo Ex-ministros da Saúde em coletiva no Palácio do Planalto CPI da Covid-19 também ouvirá o ex-ministro Eduardo Pazuello, o atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres

A CPI da Covid-19 inicia, nesta terça-feira, 4, a fase de investigação das ações e omissões do governo do presidente Jair Bolsonaro no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus, com uma agenda repleta de depoimentos. O primeiro a ser ouvido pelos senadores é o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, desafeto político do Palácio do Planalto. Ainda na sessão de hoje, está prevista a oitiva de Nelson Teich, que comandou a pasta por menos de um mês. Até o final desta semana, o colegiado vai ouvir o ex-ministro Eduardo Pazuello, principal alvo da comissão, o atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres.

Mandetta deixou o Ministério da Saúde em abril de 2020, no início da crise sanitária no país, após um embate com Bolsonaro sobre as medidas de isolamento social e o uso de medicamentos sem eficácia no tratamento da Covid-19. Segundo apurou a Jovem Pan, o chamado G7, grupo formado pela maioria dos integrantes da CPI, vai questionar o ex-ministro se houve interferência do presidente da República nas diretrizes apontadas pela pasta. Os governistas, porém, pretendem questionar orientações dadas à época pela equipe ministerial, entre elas a de que as pessoas só deveriam procurar atendimento médico em caso de falta de ar – o objetivo era evitar a sobrecarga do sistema de saúde – e por que não foram adotadas barreiras sanitárias contra a doença. A tropa de choque do governo no Senado tem sido municiada com perguntas que devem ser feitas aos depoentes – a força-tarefa conta com a atuação direta de ministros da ala política da Esplanada. Acompanhe a cobertura abaixo:

18:27 – Omar Aziz encerra sessão da CPI; Teich depõe na quarta-feira

Após mais de sete horas de depoimento do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, o presidente da CPI da Covid-19, Omar Aziz (PSD-AM), encerrou a sessão. O próximo encontro ocorrerá às 10h desta quarta-feira, 5, com a oitiva do ex-ministro da Saúde Nelson Teich.


18:10 – Kajuru diz que depoimento de Mandetta foi ‘inútil’

Um dos autores do mandado de segurança protocolado no Supremo Tribunal Federal cobrando a instalação da CPI da Covid-19, o senador Jorge Kajuru (Podemos-GO) disse que o depoimento foi “inútil”, porque os parlamentares não discutiram a oferta feita pela Pfizer ao governo federal em agosto de 2020. “Esta audiência termina com uma triste conclusão. O principal assunto não foi discutido: em agosto do ano passado, o governo teve a Pfizer ao seu dispor para vender vacinas, mas rejeitou. Isso é fato. E ex-chefe da Secom, Fabio Wajngarten, declarou isso à revista Veja”, disse Kajuru.


17:31 – Randolfe protocola requerimento para convocar Paulo Guedes a prestar depoimento

Vice-presidente da CPI da Covid-19, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou há pouco que protocolou requerimento para convocar o ministro da Economia, Paulo Guedes, a prestar depoimento na comissão. Em sua oitiva, o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta afirmou que Guedes não “ajudou em nada” e era uma das vozes a espalhar desinformação sobre o combate à pandemia no país.


17:12 – ‘Mandetta inaugurou bem a fase de depoimentos da CPI’, diz líder do governo

O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), líder do governo no Senado, afirmou que o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta “inaugurou bem a fase de depoimentos dessa Comissão Parlamentar de Inquérito. Foi correto, sincero, transparente. Falou do que ouviu, foi equilibrado nas respostas que recebeu do relator e dos senadores”, afirmou.


16:40 – ‘Guedes é desonesto intelectualmente, é um homem pequeno para estar onde está’, diz Mandetta

Após mais de cinco horas de depoimento, Mandetta abre fogo contra o ministro da Economia, Paulo Guedes. “Desonesto intelectualmente, é um homem pequeno para estar onde está”, disse o ex-ministro da Saúde. Recentemente, Guedes acusou Mandetta de não ter comprado vacinas contra a Covid-19. “Esse ministro não soube nem olhar o calendário para falar ‘puxa, enquanto ele estava lá, nem vacina havia”, acrescentou Mandetta. Na avaliação do ex-comandante da Saúde, Guedes era uma das vozes responsáveis por espalhar desinformação e influenciar negativamente o presidente Jair Bolsonaro.


16:27 – Tropa de choque governista insiste na defesa de remédios ineficazes no tratamento da Covid-19

Mandetta depõe na CPI da Covid-19 há mais de cinco horas. Desde o início da sessão, os parlamentares governistas têm defendido medicamentos do “kit Covid”, que não tem eficácia no tratamento da doença. Seguiram esta linha os senadores Eduardo Girão (Podemos-CE), Marcos Rogério, Jorginho Mello (PL-SC), titulares da comissão, e o senador Luiz Carlos Heinze (PP-RS), suplente do colegiado. Em todas as respostas, o ex-ministro da Saúde reitera que a cloroquina e a ivermectina, por exemplo, não têm respaldo científico. “Aqui é ciência. Aqui é estudo. Eu, jamais, tomei decisões sem estudar”, disse a Girão.


16:00 – Em vídeo, Fábio Faria questiona Mandetta: ‘O senhor se considera genocida?’ 

Na CPI da Covid-19, Mandetta foi questionado pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI), um dos principais aliados de Bolsonaro no Congresso, sobre a orientação dada no início de 2020 para que as pessoas só procurassem atendimento médico em caso de falta de ar. Em sua resposta, o ex-ministro afirmou que recebeu a mesma pergunta, no dia anterior, pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria. No Twitter, Faria, que foi companheiro de Mandetta na Câmara dos Deputados, reagiu: “O senhor se considera genocida?”, questiona em um trecho do vídeo publicado em seu perfil.


15:53 – Omar Aziz remarca depoimento de Pazuello para o dia 19 de maio 

O presidente da CPI da Covid-19, Omar Aziz (PSD-AM), remarcou para o dia 19 de maio o depoimento do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. Na manhã desta terça-feira, 4, o general enviou um comunicado à direção da comissão pedindo a dispensa de sua oitiva, por ter tido contato com dois assessores infectados com o novo coronavírus.


15:38 – Em carta a Bolsonaro, Mandetta disse que governo federal não apoiava recomendações do Ministério da Saúde

Em seu depoimento na CPI da Covid-19, Mandetta afirmou que entregou ao presidente Jair Bolsonaro uma carta, no dia 28 de março de 2020, data em que ainda ministro da Saúde, para alertar o chefe do Executivo federal sobre os riscos da pandemia no Brasil. No documento, pedia que o governo revisse “o posicionamento adotado, acompanhando as recomendações do Ministério da Saúde, uma vez que a adoção de medidas em sentido contrário poderá gerar colapso do sistema de saúde e gravíssimas consequências à saúde da população”. À época, o país registrava 3.904 casos da doença e 114 mortes – mais de um ano depois, o Brasil possui 14.779.529 casos e 408.622 óbitos.


15:19 – ‘Brasil não fez nenhum lockdown. Fez medida depois do leite derramado”

Respondendo a um questionamento feito pelo senador Jorginho Mello (PL-SC), Mandetta afirmou que, desde o início da pandemia, o Brasil não fez “nenhum lockdown”. “O Brasil não fez nenhum lockdown, fez medidas depois do leite derramado. Vai entrar em colapso o sistema de saúde, então fecha. Vai acabar o oxigênio em Manaus, então fecha. A gente sempre esteve um passo atrás em relação ao vírus, nessa questão do lockdown. Araraquara fez depois do leite derramado, depois que o sistema estava sendo atacado pelo vírus. Aí não é que faz porque vai decidir, é o vírus que impõe”, disse.


14:00 – Mandetta diz ter recebido pergunta feita por senador governista um dia antes por ministro das Comunicações

O senador Ciro Nogueira (PP-PI), um dos principais aliados do presidente Jair Bolsonaro no Congresso, perguntou ao ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta se a orientação para que as pessoas não procurassem atendimento médico ainda no início de 2020 não contribui para o número de mortes por Covid-19 no Brasil. “Ontem, eu recebi essa pergunta, exatamente nessa íntegra, do ministro [das Comunicações] Fábio Faria. Acho que, inadvertidamente, mandou para mim a pergunta. Quando eu ia responder, ele apagou a mensagem. Então, vou responder ao senhor, mas também ao amigo, que foi parlamentar comigo, ministro Fabio Faria”, respondeu Mandetta.


13:45 – ‘Aqui é ciência, aqui é estudo’, diz Mandetta a Girão

O senador governista Eduardo Girão (Podemos-CE) questionou Mandetta se o ex-ministro terá “remorso” por ter sido contra a adoção do tratamento precoce, ineficaz no combate à Covid-19. “O senhor não considera que errou por ter sido opositor à opção ao tratamento precoce e imediato, proporcionado à população pelo menos o direito a esta tentativa de tramento extremamente seguro, segundo especialistas e médicos renomados?”, perguntou Girão. “Não, senador. Aqui é ciência. Aqui é estudo. Eu, jamais, tomei decisões sem estudar”, disse.


13:36 – ‘Jogar sinuca sem máscara foi um erro ou uma hipocrisia?’, questiona Girão

O senador Eduardo Girão (Podemos-CE), um dos integrantes da tropa de choque governista no Senado, perguntou a Mandetta se ter ido jogar sinuca em novembro de 2020 sem máscara foi “um erro ou uma hipocrisia”. O ex-ministro afirmou que estava comendo com seu filho e que não descumpriu as regras sanitárias estipuladas pela cidade em que estava.


13:04 – ‘Não haverá subterfúgio na minha presidência’, diz Omar Aziz

O presidente da CPI da Covid-19, senador Omar Aziz (PSD-AM), afirmou que, caso o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello esteja, de fato infectado com o coronavírus, a comissão irá esperar os 14 dias de quarentena. “Se o ministro Pazuello está de quarentena, não tem problema esperarmos 14 dias para ele vir aqui. Será presencial. Não haverá subterfúgio na minha presidência. Nós vamos esperar. Só quero ser comunicado pelo Comando do Exército que o ministro Pazuello teve contato com infectados. Não quero exame nenhum. O Exército tem fé pública. Se ele disser para mim que isso ocorreu, não preciso pedir exame, teste. A palavra do comandante do Exército, para mim, basta. Eu espero 14 dias, mas ele virá aqui ser ouvido”, disse.


13:00 – Omar Aziz diz que depoimento de Pazuello está mantido

Apesar de o ex-ministro Eduardo Pazuello ter pedido dispensa de seu depoimento à CPI da Covid-19 por ter tido contato com dois assessores que estão infectados com o coronavírus, o presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM) disse que está mantido o depoimento do general, marcado para às 10h desta quarta-feira, 5. “Até agora não recebemos nenhum comunicado oficial. Se não tiver tempo de receber oficialmente, será presencial o depoimento”, disse. “Pazuello não precisa fazer quarentena. Basta fazer o teste. O que seria uma demonstração de boa vontade com a CPI”, afirmou Renan Calheiros (MDB-AL).


12:40 – ‘Carlos Bolsonaro participava de reuniões tomando notas’, diz Mandetta

O ex-ministro Luiz Henrique Mandetta afirmou que o presidente Jair Bolsonaro tinha “aconselhamento paralelo”. “Participei de inúmeras reuniões nas quais o filho do presidente, que é vereador no Rio, estava presente tomando notas”, disse. Carlos Bolsonaro é vereador no Rio da Janeiro.


12:24 – ‘Era uma situação dúbia’, diz Mandetta sobre relação com Bolsonaro

Mandetta afirmou que a relação com o presidente Jair Bolsonaro era dúbia. “Todas as vezes que a gente explicava, conversava, eu não era voz solitária no governo. O presidente, no mais das vezes, compreendia [as recomendações do Ministério da Saúde]. O presidente dizia para dar seguimento. Passavam-se dois, três dias, ele voltava para aquela situação de quem não havia, talvez, compreendido, acreditado. Era uma situação dúbia. Eu explicava, ele entendia, mas, na prática, agia de forma diferente”, disse. O ex-ministro também afirmou que sua equipe elaborou uma projeção que previa cerca de 180 mil mortes causadas pela Covid-19 até o final de 2020. Questionado pelo relator, senador Renan Calheiros, se Bolsonaro recomendou alguma previdência para evitar os óbitos, Mandetta disse que “o presidente questionava a questão da cloroquina como válvula de tratamento precoce, falava que adotaria o chamado confinamento vertical, algo que a gente também não recomendava. Ele provavelmente tinha uma outra fonte que dava para ele outras recomendações. O ministério nunca recomendou coisas que não fossem da cartilha da OMS”.


12:19 – Mandetta: ‘Produção de cloroquina foi uma determinação feita à margem do Ministério da Saúde’

Mandetta afirmou que “não passou pelo Ministério da Saúde” a determinação para a produção de cloroquina pelos laboratórios do Exército. “Foi uma determinação feita à margem do Ministério da Saúde”, explicou. “A única coisa que o Ministério da Saúde fez, após consulta ao Conselho Federal de Medicina, era para o uso compassivo, quando não há outro recurso terapêutico aos pacientes graves. Para uso indiscriminado, a margem de segurança da cloroquina é estreita”, disse. Na sequência, fez uma crítica velada ao presidente Jair Bolsonaro, que afirmou reiteradamente que, se o medicamento não auxilia no tratamento contra a Covid-19, também não faz mal à saúde do paciente. “A cloroquina não é aquela coisa ‘se bem não faz, mal também não faz’. É um medicamento que, como outro qualquer, tem uma série de reações adversas. A automedicação com cloroquina e outros medicamentos poderia ser muito perigosa”, afirmou.


12:14 – ‘Fiz recomendações diretas ao presidente Bolsonaro sobre o isolamento social’, diz Mandetta. 

Questionado pelo senador Renan Calheiros sobre as recomendações dadas ao governo federal sobre a política de isolamento social, o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta afirmou que conversou diretamente sobre o assunto com o presidente Jair Bolsonaro. “Todas as recomendações, as fiz, com base na ciência e na proteção da vida. Em público, em todas as minhas manifestações de orientação de boletins, no conselho de ministros, diretamente ao presidente, a todos os secretários municipais e estaduais, e a todos aqueles que, de alguma maneira, tinham que se manifestar sobre o assunto. Sempre as fiz de acordo com o que é preconizado para uma doença infecciosa epidêmica”, disse. O relator, então, indagou se houve discordância entre o que era defendido por Mandetta e por Bolsonaro. “Houve discordância, sim, senhor”, rebateu o ex-ministro.


12:06 – Mandetta: ‘Se houvesse vacinas, teria ido atrás delas como se vai atrás de um prato de comida’

No final de sua resposta sobre a existência de vacinas contra a Covid-19, o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta afirmou que, se houvesse oferta, teria ido atrás dos imunizantes “como se vai atrás de um prato de comida”. “Na minha época não foi oferecida. Eu rezava para que fosse, teria ido atrás delas como se vai atrás de um prato de comida”, afirmou. Recado ao governo federal, que recusou uma oferta da Pfizer e desautorizou a aquisição de vacinas desenvolvidas pelo Instituto Butantan, ligado ao Estado de São Paulo, hoje comandado pelo governador João Doria (PSDB), desafeto político do presidente Jair Bolsonaro.


12:03 – ‘Vacinas promissoras contra a Covid-19 apareceram após a minha saída’, diz Mandetta

O ex-ministro Luiz Henrique Mandetta disse ao senador Renan Calheiros (MDB-AL) que, enquanto esteve à frente do Ministério da Saúde, não havia nenhuma vacina com “resultados promissores”. “Em maio, depois de eu ter saído do ministério, é que a primeira vacina começa a ter testes em humano, a fase 2 dos testes clínicos”, afirmou. “A gente sabia que a saída era pela vacina”, acrescentou.


11:52 – ‘Abrimos 15 leitos em 37 dias’, diz Mandetta

Questionado pelo relator Renan Calheiros sobre as ações iniciais do Ministério da Saúde no combate à pandemia do novo coronavírus, no primeiro trimestre de 2020, o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta afirmou que foram abertos 15 mil leitos em 37 dias.


11:48 – Renan Calheiros pergunta por que gestão Mandetta não estruturou programa de testagem em massa

“No mês de março, iniciamos todo o processo de aquisição de testagem – 24 milhões de testes. Não adianta apenas testar, tem que processar os testes de maneira automatizada. Fizemos um pool de laboratório, uma série de parceiros, para construir toda a lógica de testagem e entrega de resultado através de aplicativo diretamente para a pessoa e para a secretária de Saúde, disparamos o processo de aquisição com todas as dificuldades, mas isso só foi assinado pelo ministro subsequente [Nelson Teich]. Depois soube que esta estratégia não foi utilizada. Esta era, de uma maneira muito clara, a nossa estratégia: testar, testar e separar”, respondeu Mandetta.


11:38 – ‘Não é verdade que recomendei que pessoas procurassem hospitais apenas em casos de falta de ar’, diz Mandetta

Relator da CPI da Covid-19, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) questionou Mandetta se considerava “adequada” a “a recomendação de que pacientes deveriam procurar serviços de saúde apenas quando apresentassem sintomas mais severos, como falta de ar”. O ex-ministro da Saúde afirmou que isso não é verdade. “Não é verdade [que recomendei isto], senador. Em janeiro, fevereiro, não havia um caso confirmado no Brasil. O que havia eram pessoas em sensação de insegurança, em pânico, porque viam no mundo inteiro situações como o lockdown na Itália, o hospital construído na China, e as pessoas procuravam hospitais para fazer testes. Só fizemos transmissão comunitária depois do dia 24 de março. No momento de virose, a orientação sempre foi observar e não procurar o hospital, porque lá haveria aglomeração. Lá, sim, o paciente positivo contaminaria na sala de espera. Eu tenho percebido que essa máxima é uma guerra de narrativa. Todas as orientações foram para dar entrada pela sistema de saúde”, disse Mandetta.


11:30 – ‘Não vou aceitar provocação de amigos e de companheiros’, diz Renan Calheiros

O relator da CPI da Covid-19, Renan Calheiros (MDB-AL) afirmou  que não vai aceitar “provocação de amigos e de companheiros”. “Calado estarei errado. Essa CPI não será nem do governo nem da oposição. Nós temos um compromisso pela busca da verdade, esteja onde estiver. Qualquer meio necessário para que possamos acessar a verdade, vamos ter que fazer, dentro do fato determinado. A CPI pode tudo, absolutamente tudo, no limite da Constituição e do despacho do presidente do Senado Federal”, disse. “Precisamos saber, ao longo dessa investigação, se houve, por ações, omissões, negligências ou desídias, o que nos levou a esse quadro dantesco de mais de 400 mil mortes, milhões de infectados e sequelados. Sua presença fundamentalmente objetiva que Vossa Senhoria nos ajude nesse objetivo e nesse propósito”, acrescentou o emedebista.


11:11 – ‘Em dezembro de 2019 captávamos rumores de uma pneumonia atípica no Brasil’, diz Mandetta

Em sua exposição inicial, Mandetta afirmou que “em dezembro [de 2019] nós captávamos rumores de uma pneumonia atípica no Brasil”. Diante das informações, o então ministro da Saúde procurou a Organização Mundial de Saúde (OMS). “A informação que tínhamos era muito primária: trata-se de vírus da classe coronavírus, que faz pneumonia, que tem transmissão comunitária e entre humanos. Basicamente era o que tínhamos, a pedra bruta. A OMS deu um alerta internacional e manteve todos os voos da China, manteve o funcionamento. Tínhamos a orientação de ficarmos vigilantes”, disse Mandetta.


11:06 – Mandetta inicia seu depoimento

“Este episódio coronavírus é um episódio fulcral. Se Eric Hobsbawn for escrever breve século 21, ele vai começar pela grande pandemia. O vírus se transformou num ataque global, mundial, e não há nenhum raciocínio individual que prevaleça ao raciocínio coletivo”, diz Mandetta. O ex-ministro terá 10 minutos para sua exposição inicial.


11:00 – Mandetta chega ao plenário para prestar depoimento

O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta chegou, há pouco, ao plenário da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde ocorrem os trabalhos da CPI da Covid-19. Depoimento começará em breve.


10:37 – Alegando suspeita de Covid-19, Pazuello pede dispensa de depoimento na CPI

O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello comunicou à CPI da Covid-19 que teve contato com dois assessores com suspeita de estarem infectados com a doença e pediu dispensa de seu depoimento. Por isso, o colegiado deve deliberar sobre a possibilidade de a oitiva ocorrer virtualmente – esta hipótese é defendida pelo presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM).


10:21 – Começa a sessão da CPI da Covid-19 

O presidente da CPI da Covid-19, Omar Aziz (PSD-AM), deu início à sessão desta terça-feira, 4. Os senadores irão ouvir o depoimento do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta. Saiba o que esperar da oitiva do ex-chefe do Ministério da Saúde.

 

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