Apoiadores de Bolsonaro vão às ruas protestar contra o STF e medidas de restrição
Em São Paulo, milhares de manifestantes pediram o impeachment de ministros do Supremo e do governador João Doria; Polícia Militar diz que não esperava tanta gente
Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro saíram às ruas em todo o Brasil para protestar contra decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) — em especial a que anulou as condenações de Luiz Inácio Lula da Silva e devolveu os direitos políticos do petista — e as medidas de restrição adotadas por diversos prefeitos e governadores. Em São Paulo, milhares de manifestantes partiram do parque do Ibirapuera em direção à avenida Paulista com camisas e bandeiras do Brasil, além de faixas contra o governador do Estado, João Doria, que vem adotando restrições de circulação. A Polícia Militar manifestou surpresa com a grande quantidade de gente presente no ato. Outras capitais também registram adesão maciça aos protestos.
Além de protestarem contra a decisão do ministro do STF Edson Fachin que beneficiou Lula, os manifestantes pediram impeachment de membros do Supremo — o mais atacado foi Alexandre de Moares, que determinou a prisão do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) — e, em São Paulo, de Doria. “Estou aqui, com demais patriotas, pedindo socorro. Nós estamos em oração, em vigília, em clamor, para pedir ordem. A gente entende que o STF presta um desserviço. Todas instituições que nós pagamos devem servir ao povo. Infelizmente, não é isso que está ocorrendo, Muitas vezes a gente vê desvirtuamento do papel do Legislativo quando eles trancam as pautas pedidas pelo povo. Por exemplo, a prisão em segunda instância. Eles desvirtuaram e se autobeneficiaram”, disse a manifestante Janete, que falou à Jovem Pan sob a condição de que seu sobrenome seria omitido.
O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e o govenador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), também foram alvos da ira dos apoiadores de Bolsonaro nos protestos espalhados Brasil afora. A alta adesão dá força ao presidente da República após a decisão que colocou Lula na corrida eleitoral de 2022.
*Com informações da repórter Giullia Chechia Mazza
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