Após adiar depoimento de Braga Netto, CPMI do 8 de Janeiro vai ouvir ex-assessor de Bolsonaro nesta terça
Nome de Walter Crivelatti está ligado ao do tenente-coronel Mauro Cid no caso das joias; oposição afirma que oitiva não contribuirá com investigações sobre atos de vandalismo em Brasília
Após adiar o depoimento do general Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e vice na chapa de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022, a comissão CPMI do 8 de Janeiro vai ouvir o ex-assessor da presidência, Osmar Crivelatti, nesta terça-feira, 19. O depoimento de Braga Netto deve ser realizado no dia 5 de outubro. Crivelatti foi coordenador administrativo da Ajudância de Ordens da Presidência da República e era subordinado ao tenente-coronel Mauro Cid. Para a relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), uma das autoras do requerimento a oitiva (REQ 1.432/2023), é importante ouvir o ex-auxiliar para buscar esclarecer os fatos preparatórios dos atos do dia 8 de janeiro.
“A oitiva do senhor Osmar Crivellatti, segundo-tenente do Exército que trabalhou junto com Mauro Cid na Ajudância de Ordens da Presidência da República, nos parece fundamental para a investigação dos fatos desta comissão de inquérito”, afirma Eliziane. Segundo as investigações da Polícia Federal (PF), o nome de Crivelatti está ligado ao do tenente-coronel Mauro Cid no caso das joias. Integrantes do governo querem saber se há alguma relação direta com a venda dos presentes de chefes de Estado estrangeiros com o 8 de Janeiro ou até mesmo descobrir uma outra ligação. Já a oposição questiona depoimentos como o de Crivelatti por entender que o caso das joias não possui relação com os atos violentos do começo do ano.
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