Após polêmica com a China, deputado diz que Bolsonaro pode ter ‘doença mental’

Nesta quarta-feira, 5, Fausto Pinato disparou críticas após o presidente declarar que a China usou a Covid-19 como parte de uma ‘guerra química’

  • Por Jovem Pan
  • 05/05/2021 20h09 - Atualizado em 05/05/2021 20h30
Pablo Valadares/Câmara dos Deputados Fausto Pinato (PP-SP) 'Não compactuaremos com as afirmações desrespeitosas e irresponsáveis contra a China, que tem sido grande parceira do Brasil na luta contra a pandemia de Covid-19', disse Fausto Pinato

O presidente da Frente Parlamentar Brasil-China, o deputado Fausto Pinato (PP), criticou o governo federal nesta quarta-feira, 5, por falas direcionadas ao país asiático. Após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) declarar que a China teria usado a Covid-19 como parte de uma “guerra química”, Pinato disse que Bolsonaro pode ter uma “doença mental”. “Estou preocupado sobre um possível desvio de personalidade da maior autoridade do Brasil. A meu ver, não se trata de uma pessoa irresponsável, desequilibrada e sem noção de mundo. Na verdade, pode tratar-se de uma grave doença mental que faz o nosso presidente confundir realidade com ficção”, registrou o parlamentar.

Na mensagem, Pinato também declarou apoio à China. “Não compactuaremos com as afirmações desrespeitosas e irresponsáveis contra a China, que tem sido grande parceira do Brasil na luta contra a pandemia de Covid-19”, publicou em sua conta no Twitter. Neste momento, a relação entre o Brasil e a China é estratégica para o combate da pandemia de Covid-19, já que a vacina Coronavac é produzida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac. Além disso, o país asiático é o maior produtor de insumos para imunizantes em todo o mundo. A polêmica fala de Bolsonaro foi dita durante um evento que aconteceu no Palácio do Planalto nesta quarta-feira. “É um vírus novo, ninguém sabe se nasceu em laboratório ou por algum ser humano que ingeriu um animal inadequado. Mas está aí. Os militares sabem o que é guerra química, bacteriológica e radiológica. Será que não estamos enfrentando uma nova guerra? Qual o país que mais cresceu seu PIB?”, questionou o presidente na ocasião.

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