Aras minimiza chances de ataque como o do Capitólio no Brasil

Procurador-geral disse não acreditar em uma versão local da invasão: ‘Quem vencer a eleição presidencial assumirá o cargo sem turbulências’

  • Por Jovem Pan
  • 11/07/2022 13h58 - Atualizado em 11/07/2022 14h04
Isac Nóbrega/PR Procurador-geral discursa em evento no Planalto Aras minimizou as chances de uma evento semelhante ao que aconteceu em 6 de janeiro de 2021 nos Estados Unidos

O procurador-geral da República, Augusto Aras, não acredita que uma versão local da invasão ao Capitólio possa acontecer no Brasil. Em entrevista à imprensa estrangeira nesta segunda-feira, 11, ele minimizou as chances de uma evento semelhante ao que aconteceu em 6 de janeiro de 2021 nos Estados Unidos, quando apoiadores do então presidente Donald Trump invadiram o Congresso americano armados, alegando fraude nas eleições e sendo contra a confirmação da vitória de Joe Biden, ocorrer nas eleições de outubro. “Quem vencer a eleição presidencial assumirá o cargo sem turbulências”, disse Aras em entrevista coletiva. A posição do procurador é a mesma do ministro de Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, que rechaçou a possibilidade de que um episódio semelhante aconteça no Brasil.

Após ser questionado pela deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) sobre o papel das Forças Armadas para evitar um ataque, Oliveira respondeu em seguida que “não existe este tipo de preocupação”, alegando que no Brasil existe o Sistema Brasileiro de Inteligência (SISBIN). A visão, no entanto, é contrária às recentes avaliações do ministro Edson Fachin, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que já declarou que o Brasil corre o risco de ter “um episódio mais agravado que o 6 de Janeiro no Capitólio”. A fala foi registrada durante palestra na capital americana, onde o presidente também comentou sobre o papel dos militares nas eleições. “As Forças Armadas, que já elogiei pelo papel de apoio logístico e operacional, são definidas pelo artigo 142 da Constituição como forças nacionais, regulares e permanentes para atender a estabilidade dos Poderes do Estado. Portanto, que são chamadas para defender as instituições, para gerar segurança institucional, não o contrário.”

*Com Reuters

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