Articulador do governo, Padilha diz que pedido de impeachment de Lula ‘não vai progredir’
Ministro das Relações Institucionais minimizou requerimento apresentado por deputados após as falas do presidente da República sobre Israel
![O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, concede entrevista coletiva](https://jpimg.com.br/uploads/2023/09/ato20230912023-706x450.jpg)
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, descartou a possibilidade de prosperar o pedido de impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apresentado por deputados federais da oposição após as declarações do mandatário sobre a Faixa de Gaza e Holocausto. Para o ministro, o pedido é “desqualificado”. “O primeiro ano do governo foi o melhor resultado de aprovação de projetos de lei. Ele (pedido de Impeachment) não vai progredir, assim como outros não progrediram”, disse Padilha. O novo pedido de impeachment contra Lula foi protocolado na segunda-feira, 19. Até o momento, 113 deputados já assinam o requerimento. Eles alegam que as recentes declarações do chefe do Executivo configuram um crime de responsabilidade de acordo com o Artigo 5º da Constituição Federal. “Cometer ato de hostilidade contra nação estrangeira, expondo a República ao perigo da guerra, ou comprometendo-lhe a neutralidade”, destacam.
Como o site da Jovem Pan mostrou, o governo de Israel declarou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) uma “persona non grata”. O termo é usado para representar que um indivíduo não é bem-vindo naquele local. A decisão aconteceu após mandatário brasileiro comparar as ações do país na Faixa de Gaza ao Holocausto. “Não perdoaremos e não esqueceremos — em meu nome e em nome dos cidadãos de Israel, informei ao Presidente Lula que ele é uma ‘persona non grata’ em Israel até que ele peça desculpas e se se retrate”, escreveu Israel Katz, ministro das Relações Exteriores de Israel, nas redes sociais. Para ele, a comparação entre a “guerra justa de Israel contra o Hamas e as ações de Hitler e dos nazistas” é “um grave ataque antissemita que profana a memória daqueles que morreram no Holocausto”.
Como consequência da decisão israelense, o governo brasileiro ordenou o retorno do embaixador ordenou o recolhimento do embaixador do Brasil em Israel, Frederico Meyer. Essa decisão ocorre após Meyer ter sido convocado por autoridades israelenses para explicar declarações feitas pelo presidente. Não é uma guerra entre soldados e soldados. É uma guerra entre soldados altamente preparados contra mulheres e crianças. O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse Lula, em Adis Adeba, na Etiópia, durante sua visita à África que durou seis dias.
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