Bancada Evangélica se reúne para impedir aprovação do PL dos jogos de azar

Estratégia da Frente Parlamentar é tentar reverter os votos de ao menos 35 deputados; tema deve ser pautado às 18 horas

  • Por Jovem Pan
  • 22/02/2022 17h01 - Atualizado em 22/02/2022 19h06
Pixabay Roleta de jogo de azar Jogos de azar são proibidos no Brasil desde 1946

O líder da Frente Parlamentar Evangélica (FPE), o deputado Sóstenes Cavalcante (União Brasil-RJ), reunirá a bancada na tarde desta terça-feira, 22, no Plenário 2 da Câmara dos Deputados para discutir estratégias para impedir a aprovação do projeto de lei que legaliza os jogos de azar no Brasil. A expectativa é que a proposta seja votada por volta das 18 horas desta terça. Até lá, a bancada tentará reverter os votos de ao menos 35 parlamentares. O presidente Jair Bolsonaro (PL) já afirmou que não irá sancionar o texto caso o projeto seja aprovado pelo Congresso Nacional. Um veto presidencial, no entanto, pode ser derrubado pelos parlamentares.

Os jogos de azar são proibidos no Brasil desde 1946, quando o então presidente Eurico Gaspar Dutra alegou que eles eram contrários à moral e aos bons costumes e ‘não combinavam com a tradição moral, jurídica e religiosa do Brasil’. Desde então, a legalização foi proposta várias vezes mas nunca avançou no Congresso. Agora, a proposta atual parece contar com vontade política para apoiar um projeto amplo, que torna legal até o jogo do bicho. O tema divide a base de Bolsonaro: enquanto o Centrão e o próprio filho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (PL), defendem a legalização, argumentando que incentivaria o turismo e ajudaria a alavancar a economia, a bancada evangélica é contrária, alegando que o vício nos jogos prejudica as famílias e os valores religiosos.

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