Barroso diz que há ‘independência’ e ‘harmonia’ entre os Poderes durante abertura do ano judiciário
De acordo com o presidente do Supremo Tribunal Federal, as instituições seguem em funcionamento civilizado e respeito: ‘Não significa concordância sempre’
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, fez questão de destacar durante a abertura do ano judiciário nesta quinta-feira, 1, a “independência” e a “harmonia” entre os Poderes. “Felizmente, eu não preciso gastar muito tempo nem energia falando de democracia, porque as instituições funcionam na mais plena normalidade, com convivência harmoniosa e pacífica de todos”, disse o ministro. De acordo com ele, as instituições seguem em funcionamento civilizado e respeitoso. “Nem preciso falar de separação de Poderes porque, embora independentes e harmoniosos, nós convivemos de maneira extremamente civilizada e respeitosa. A independência e harmonia não significam concordância sempre”, enfatizou.
Os discursos do chefe do Executivo, Luiz Inácio Lula da Silva, e do presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, seguiram a mesma linha. “Hoje celebramos a restauração da harmonia entre as instituições e do respeito à democracia. O STF segue cumprindo seu dever. (…) Os que atacam o judiciário se julgam acima de tudo e de todos. (…) Democracia é a sociedade em movimento, em permanente busca por nossos avanços e conquistas, ela nunca estará pronta e deve ser construída a cada dia”, afirmou Lula. Já Rodrigo Pacheco destacou que, na abertura deste ano judiciário, “as coisas parecem estar voltando à normalidade. Nessa busca constante de normalidade democrática, os Poderes da república têm mais tranquilidade para definirem e perseguirem suas prioridades e seus objetivos”.
Realizada na sede do Supremo Tribunal Federal, a cerimônia também contou com a presença do recém-empossado ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e do ex-ministro Flávio Dino, que deve assumir o lugar de Rosa Weber na Suprema Corte no dia 22 de fevereiro. Ao final do evento, Luís Roberto Barroso, Lula e Pacheco presenciaram a retirada das grades que cercavam o STF desde os atos de 8 de Janeiro de 2023.
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