Big techs resistem em ser razoáveis sobre falta de transparência, diz Moraes

Presidente do TSE voltou a criticar as plataformas por resistirem ao debate sobre regulação, durante Fórum Internacional Justiça e Inovação, do Tribunal Superior do Trabalho (TST)

  • Por Brasília
  • 20/06/2023 14h27 - Atualizado em 20/06/2023 15h54
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Nelson Jr./SCO/STF Alexandre de Moraes Ministro Alexandre de Moraes é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, voltou a criticar as big techs por resistirem ao debate sobre a falta de transparência de algoritmos durante o Fórum Internacional Justiça e Inovação, realizado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) nesta terça-feira, 20. “Lamentavelmente, as empresas não querem sentar de forma razoável e discutir a necessidade de um aumento da autorregulação. Não se pode partir da presunção de que elas só querem o bem da humanidade, até porque visam o lucro, sem limitação”, disse. Para o ministro, a resistência ao debate acaba prejudicando a democracia, mas ironizou a suposição de que pretende controlar as redes sociais. “E isso que eu não sou comunista, como alguns já me acusaram”, disse Moraes, ao reforçar sua convicção de que os eventos ocorridos em 8 de Janeiro ocorreram motivadas por comunicação via aplicativos de mensagem, que “se deixaram instrumentalizar” pelo manifestantes, contribuindo, assim, para o “total desprezo a todos os direitos fundamentais”, na medida em que se omitem de prevenir ataques à imprensa, às eleições e ao Poder Judiciário. “Infelizmente, se criou uma ideia de que as big techs não fazem parte do mundo real. Se no mundo real as empresas fizessem 1% do que as grandes plataformas fazem em relação aos seus algoritmos, todas estariam sendo responsabilizadas civil e penalmente”, frisou.

 

 

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