Bolsonaro afirma a apoiadores que Lula só volta à Presidência ‘na fraude’

Segundo o presidente, apenas a adoção do voto impresso impedirá que novos erros aconteçam; o chefe do Executivo ainda disse que indicará um novo ministro para o STF em julho

  • Por Jovem Pan
  • 21/06/2021 12h25 - Atualizado em 21/06/2021 16h33
MATEUS BONOMI/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO - 01/06/2021 - O presidente da república, Jair Bolsonaro, usa terno preto, gravata verde e camisa e máscara branca O presidente Jair Bolsonaro fez nova defesa ao voto impresso

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta segunda-feira, 21, que Lula só voltará à Presidência da República “na fraude”. Bolsonaro tem dito frequentemente que venceu as eleições em primeiro turno em 2018 e ainda acrescentou que o deputado Aécio Neves (PSDB) teria vencido as eleições de 2014, quando a ex-presidente Dilma Rousseff foi reeleita. Segundo o presidente, apenas a adoção do voto impresso impedirá que novas fraudes aconteçam. Bolsonaro, porém, não apresentou provas para as suas alegações. “Só na fraude o ‘nove dedos’ volta. Se o Congresso aprovar e promulgar, teremos voto impresso. Não vai ser uma canetada de um cidadão, como esse daqui, que não vai ter voto impresso”, garantiu a apoiadores na saída do Palácio da Alvorada. O presidente aproveitou a conversa para parabenizar os motociclistas que participaram de manifestação a favor do seu governo no domingo, 20, em Recife.

Os apoiadores fizeram a “motociata” mesmo após os organizadores cancelarem o evento. O cancelamento ocorreu depois do Ministério Público de Pernambuco proibir, na última quinta-feira, 17, a realização das manifestações. “O Ministério Público proibiu a manifestação deles, mas não proibiu a da ‘petralhada’ no domingo”, afirmou Bolsonaro. O MP de Pernambuco, no entanto, vetou a realização dos atos pró e contra o governo, que aconteceram no sábado, 19. Ainda aos apoiadores, o presidente disse que a Câmara deve votar nesta semana a proposta para definir um novo modelo de cobrança do ICMS. Bolsonaro, porém, acredita que haverá dificuldade para aprovar o projeto de lei, mas conta com ajuda do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para angariar votos. “Eu acho que dá pra gente aprovar, porque cada governador vai ter quanto é o seu ICMS. A gente resolve a questão do combustível no Brasil”, disse. Bolsonaro também comentou que vai indicar, em julho, um novo ministro para o Supremo Tribunal Federal (STF).

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