Bolsonaro condena ‘ação armada’ de Jefferson contra PF e determina que ministro da Justiça acompanhe o caso
Fala vem após a publicação de vídeos em que o ex-deputado afirma ter disparado contra agentes que cumpriam um mandado de prisão
O presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou a atitude do ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) de abrir fogo contra agentes da Polícia Federal que cumpriam seu mandado de prisão neste domingo, 23. Em suas redes sociais, Jefferson publicou vídeos afirmando que teria trocado tiros com a polícia do Rio de Janeiro. “Chega de opressão. Eles já me humilharam muito, à minha família. Eu não estive atirando em cima deles, eu dei perto, não atirei neles. Eu não atirei em ninguém para pegar. Ninguém! Não atirei em ninguém para pegar. Atirei no carro e perto deles”, revelou. Em resposta ao ocorrido, Bolsonaro se mostrou contrário à atitude do ex-deputado e pediu que o Ministério da Justiça do Rio de Janeiro fosse ao local acompanhar o acidente. “Repudio as falas do Sr. Roberto Jefferson contra a Ministra Cármen Lúcia e sua ação armada contra agentes da PF, bem como a existência de inquéritos sem nenhum respaldo na Constituição e sem a atuação do MP. Determinei a ida do Ministro da Justiça ao Rio de Janeiro para acompanhar o andamento deste lamentável episódio”, escreveu. Chefe da Assessoria de Imprensa e Comunicação Social da PF do Rio, Habib Mikhael Ammari, confirmou que policiais federais foram à casa do alvo para cumprir ordem de prisão determinada, na data de ontem, pelo STF . “Durante a diligência, na manhã de hoje, o alvo reagiu à abordagem da PF que se preparava pra entrar na residência. Dois policiais foram atingidos por estilhaços, mas passam bem. A diligência está em andamento”, revelou.
Senadores entraram com um pedido de prisão de Jefferson ao Supremo Tribunal Federal (STF) após o político xingar a ministra Cármen Lúcia, em crítica a uma decisão tomada por ela. O petebista comparou a magistrada a uma trabalhadora sexual e utilizou termos como “Bruxa de Blair” e “Cármen Lúcifer” para se referir à ministra. Ele é investigado por participar de uma organização criminosa que teria atuado contra o Estado Democrático de Direito e cumpre prisão domiciliar. Um dos requisitos para se manter fora da cadeia é não ter presença em redes sociais. Diversas personalidades saíram em defesa de Cármen Lúcia após o episódio. Em nota oficial, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes declarou que irá tomar medidas de combate “à intolerância, à violência, ao ódio, à discriminação e à misoginia que são atentatórios à dignidade de todas as mulheres e inimigos da Democracia, que tem, historicamente, em nossa Ministra uma de suas maiores e intransigentes defensoras”.
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