Em meio a alta de mortes, Bolsonaro diz que pandemia no Brasil está no ‘finzinho’

Caso curva de crescimento siga em alta, país deverá ultrapassar a marca de 180 mil mortes pela doença até o fim desta semana

  • Por Jovem Pan
  • 10/12/2020 12h34 - Atualizado em 10/12/2020 13h43
MARCELO OLIVEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO- 10/12/2020 O presidente Jair Bolsonaro inaugurou o eixo principal da Nova Ponte do Guaíba, em Porto Alegre (RS)

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira, 10, que a pandemia da Covid-19 no Brasil está acabando. Em evento de lançamento do eixo principal da Nova Ponte do Guaíba, em Porto Alegre (RS), o presidente introduziu sua fala falando das ações do governo, porque, segundo ele “ainda estamos vivendo um finzinho de pandemia”. “O nosso governo, levando em conta outros países do mundo, foi aquele que melhor se saiu, ou um dos que melhor se saiu, no tocante à economia. Prestamos todos os apoios possíveis a estados e municípios”, disse o presidente. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), no entanto, ganhou força em novembro e subiu 0,89%, 0,03 pontos percentuais acima da taxa de outubro (0,86%), segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa é a maior variação para o mês desde 2015, quando o índice foi de 1,01%. “O auxílio emergencial foi diretamente na veia, diretamente na conta de 67 milhões de brasileiros. Isso fez também movimentar a economia”, disse Bolsonaro. “Não poupamos esforços para mandar recursos, além de meios materiais para a Saúde”, acrescentou.

O Brasil vive a terceira semana de aumento no número de óbitos segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Caso a curva de crescimento siga a média desta semana, o país deverá ultrapassar a marca de 180 mil mortes pela doença até o fim desta semana. “Devemos levar tranquilidade à população e não o caos. O que aconteceu no início da pandemia não leva a nada. Lamentamos as mortes profundamente e assim sendo, vamos vencendo obstáculos”, afirmou. Mais uma vez, o presidente citou o tratamento precoce com a hidroxicloroquina, medicamento sem eficácia comprovada para o combate ao coronavírus. “Não temos notícia dos nosso irmãos da África, abaixo do deserto do Saara, de grande quantidade de óbitos por Covid e todos esperavam justamente o contrário. A pessoa com alguma deficiência alimentar, pessoas mais pobres, fossem ser em boas e quantidade vitimadas. E não foi por quê? Eles tratam lá, muito, infelizmente, a malária. Então o elemento chegava com malária e com Covid-19, era tratado com hidroxicloroquina e ficava bom. Precisa ser muito inteligente para entender que a hidroxicloroquina serve para as duas coisas? Isso é coisa óbvia”, disse, alegando que nunca afirmou que o remédio tinha comprovação científica.

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