Bolsonaro volta a falar sobre ‘Carta pela Democracia’ e questiona: ‘Qual ameaça que eu ofereço?’

Presidente questionou a produção do manifesto durante conversa com apoiadores; documento soma mais de 250 mil assinaturas

  • Por Jovem Pan
  • 28/07/2022 13h17 - Atualizado em 28/07/2022 13h17
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ALEXANDRE BRUM/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO Presidente Jair Bolsonaro m conversa com apoiadores, o mandatário questionou o produção do documento, questionando qual ameaça ele oferece

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a falar nesta quinta-feira, 28, sobre a “Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito!”, divulgada no site da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) e que soma mais de 250 mil assinaturas. Em conversa com apoiadores, o mandatário questionou o produção do documento, questionando qual ameaça ele oferece. “Carta pela democracia. Qual ameaça que estou oferecendo para a democracia?”, questionou. Nesta quarta, durante convenção do Progressistas (PP), em Brasília, o presidente já havia citado o documento, afirmando não precisar de uma “cartinha” ou sinalização para demonstrar que “o nosso caminho na democracia é liberdade e respeito à Constituição”. “Defendemos a democracia. Não precisamos de nenhuma cartinha para falar que defendemos a democracia. Não precisamos, então, de apoio ou de sinalização de quem quer que seja para mostrar que o nosso caminho é a democracia, a liberdade, é o respeito à Constituição”, disse, em clara referência ao manifesto.

Até o momento, o manifestou citado por Bolsonaro recebeu apoio de nove ministros eméritos do Supremo Tribunal Federal (STF), economistas, ex-ministros, juízes, artistas e outras personalidades. Entre outras coisas, o texto lembra da independência, autonomia e compromisso dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, defende o funcionamento e segurança das urnas eletrônicas e fala em momento de “imenso perigo para a normalidade democrática, risco às instituições da República e insinuações de desacato ao resultado das eleições”, em referência às declarações do presidente Jair Bolsonaro durante reunião com embaixadores estrangeiros, onde questionou o sistema eleitoral e falou de risco de fraudes nas eleições. “Ataques infundados e desacompanhados de provas questionam a lisura do processo eleitoral e o estado democrático de direito tão duramente conquistado pela sociedade brasileira. São intoleráveis as ameaças aos demais poderes e setores da sociedade civil e a incitação à violência e à ruptura da ordem constitucional. […] No Brasil atual não há mais espaço para retrocessos autoritários. Ditadura e tortura pertencem ao passado”, diz trechos do documento que pede: “Estado Democrático de Direito Sempre”.

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