Bruno Araújo antecipa saída da presidência do PSDB; Eduardo Leite assume o cargo no dia 2

Em carta, ex-ministro afirma que Brasil ‘clama por democracia’ e deseja boa sorte ao sucessor: ‘Que Deus o ilumine’

  • Por Jovem Pan
  • 24/01/2023 13h08 - Atualizado em 24/01/2023 16h13
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Lucio Bernardo Jr. / Câmara dos Deputados Bruno Araújo Bruno Araújo foi ministro das Cidades no governo de Michel Temer

O ex-ministro Bruno Araújo anunciou nesta terça-feira, 24, seu desligamento do cargo de presidente nacional do Partido Social Democracia do Brasil (PSDB). A saída antecipada foi confirmada em carta aberta a todos os filiados do partido, divulgada pela legenda nas redes sociais. A expectativa é que a nova composição da Executiva Nacional, com a presidência do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, inicie em 2 de fevereiro. Na carta, Araújo fala em ter orgulho da importância do PSDB para “a história e desenvolvimento do Brasil” e relembra sua trajetória na legenda, como deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa, deputado federal e também como ministro das Cidades, cargo ocupado no governo de Michel Temer (MDB). “Atravessamos, sim, muitos momentos difíceis, isto é inegável. Mas são dos percalços, dos altos e baixos da longa trajetória da vida pública. Iremos superar todos”, diz  trecho do documento.

Bruno Araújo também afirma que o Brasil “clama por democracia”. Ele cita nomes da legenda como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Mario Covas e André Franco Montoro como “gigantes que nos antecederam” e defende que é preciso “olhar para frente e nos espelhar neles”. “Meu orgulho é ainda maior quando sabemos que a liderança do partido será entregue a novas e promissoras lideranças”, completa, citando Eduardo Leite. “Boa sorte, Eduardo! Que Deus o ilumine”. Araújo também cita Raquel Lyra e Eduardo Riedel, governadores de Pernambuco e Mato Grosso do Sul, respectivamente, como exemplos de lideranças com “longo futuro da vida política” e alerta que, “em um país que flertou com extremos”, o partido tem o desafio de ser oposição sem ser confundida com desprezo à democracia. “É hora de, mais uma vez, arregaçar as mangas. E, como sempre, contem comigo”, finaliza.

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