Cármen Lúcia arquiva pedidos de investigação contra Bolsonaro por interferência na Polícia Federal
Magistrada do Supremo Tribunal Federal argumentou que os fatos determinados já são investigados no inquérito do suposto esquema de corrupção no Ministério da Educação, o que invalidaria as solicitações
A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta terça-feira, 27, que os pedidos de investigação contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) por suposto envolvimento nos possíveis casos de corrupção no Ministério da Educação sejam arquivados. As solicitações foram realizadas pela bancada do Partido dos Trabalhadores na Câmara e no Senado; pelos deputados federais Reginaldo Lopes (PT), Israel Batista (PT) e Alencar Santana (PT); além do senador Randolffe Rodrigues (Rede). Na decisão da magistrada, Cármen ressalta que os fatos determinados já são investigados no inquérito que apura suposto esquema de corrupção no Ministério da Educação. O caso refere-se à denúncia contra o ex-minsistro Milton Ribeiro e os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, por suposto tráfico de influência e corrupção para liberar verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) – órgão vinculado à pasta – à prefeituras próximas aos religiosos. Em junho, o ex-ministro havia dito em ligação telefônica à sua filha que o presidente da República ‘pressentiu’ que operações de busca e apreensão seria realizados contra ele para atingir o chefe do Executivo. “Hoje, o presidente me ligou. Ele está com um pressentimento novamente de que podem querer atingi-lo através de mim, sabe?”, disse Ribeiro na ocasião.
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