Brasil está polarizado e precisa de conciliação entre visões de futuro, dizem comentaristas de Jovem Pan

Com um presidente de esquerda e um congresso mais conservador, analistas dizem acreditar que o país enfrentará momentos tensão e disputas ideológicas

  • Por Jovem Pan
  • 30/10/2022 20h10 - Atualizado em 30/10/2022 20h23
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Avaliando a vitória de Lula (PT) nas eleições de 2022, comentaristas e analistas políticas da Jovem Pan News demonstraram que, apesar da escolha pela pauta da esquerda, país segue dividido. Roberto Motta comentou que é o momento atual demanda responsabilidade e serenidade. “Não posso dizer tudo que eu quero. O melhor que eu posso dizer é que não foi só a escolha de um presidente, mas um confronto entre visões de mundo diferente. Um voltado para pautas de família, por exemplo, e outro diferente. Bolsonaro sempre falou com a voz do povo comum e pagou um preço por essa sinceridade. A esquerda vai encontrar um Brasil diferente. A direita se tornou a força politica mais relevante desse país. Temos uma situação em que a direita será pela primeira vez uma oposição relevante com esse novo arranjo de forças politicas, que é inédito no Brasil”, avaliou. Já Paulo Figueiredo se mostrou pouco otimismo para o futuro da nação. “O congresso que elegemos tem pouquíssimos representantes conservadores, a maioria são centro-direita. O que veremos agora é uma perseguição aos bolsonaristas, que representam do ponto de vista prático metade do Brasil. Mas, os eleitores de Bolsonaro são mais convictos do que do os Lula. A intensidade da apoio é muito maior e eles já manifestarem preocupação nessa situarão. Um país nessas condições não consegue ser pacificado”, afirma. Já Ricardo Salles também acredita que o país seguirá dividido. “O Congresso tem uma multiplicidade de pensamentos, mas nem todos os elegidos serão oposição. Muitos acabam indo para quem está no poder. Mas tem pessoas com a visão conservadora e a pauta liberal no DNA e sob eles recai mais responsabilidade. Um conselho de prudência é que o país precisa de uma tentativa de conciliação em torno de ideais de senso comum para o desenvolvimento do pais. Ainda que vitorioso, Lula terá que observar a questão de consenso se quiser que o país ande para frente. Não é porque Lula venceu que lhe foi dado um cheque em branco”, garante.

 

 

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