Comissão de Ética Pública abre processo contra Ricardo Salles em caso de exploração de madeira

Colegiado quer saber se o ministro interferiu para facilitar a exploração de madeiras na fronteira entre o Pará e o Amazonas

  • Por Brasília
  • 05/06/2023 14h43 - Atualizado em 05/06/2023 14h51
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FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Ricardo Salles durante a CPI do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), na Câmara dos Deputados em Brasília (DF), nesta terça-feira (23) Ricardo Salles é hoje deputado federal pelo PL de São Paulo

O deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) se tornou alvo de investigação da Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República envolvendo a exploração ilegal de madeiras quando era ministro do Meio Ambiente do governo de Jair Bolsonaro. O colegiado instaurou um processo de apuração ética para investigar suposta ingerência do ex-ministro em operação da Polícia Federal (PF), realizada em 2020, na divisa do estado do Pará com o Amazonas. Na época, os agentes da PF atuavam na região para combater a exploração ilegal de madeira.

Salles deixou o governo de Bolsonaro em 2021 após denúncias de que teria beneficiado empresas exportadoras envolvidas no contrabando de madeira ilegal. Ele chegou a ser investigado em operação da Polícia Federal para apurar esquema de liberação de madeiras embargadas pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente). A próxima reunião da Comissão de Ética Pública será realizada no dia 29 de junho, quando deverá haver um posicionamento do colegiado ao processo instaurado contra Salles. De acordo com o Código da Conduta Ética da Alta Administração Federal, o agente ou ex-agente público infrator das normas éticas poderá sofrer sanções que podem impedi-lo de ser nomeado para novos cargos no governo federal.

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