Congresso tem todo o direito de discutir limitação de poderes do STF, diz Cármen Lúcia

Sobre o impeachment de ministros do Supremo, a presidente TSE afirmou estar sempre atenta à fala dos 513 congressistas do país

  • Por Jovem Pan
  • 01/10/2024 07h43
  • BlueSky
Alejandro Zambrana/TSE A ministra do STF Cármen Lúcia A ministra destacou a importância do STF manter-se à sua atribuição de guarda da constituição

A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, disse que o Congresso tem todo o direito de discutir a limitação de poderes do Supremo Tribunal Federal (STF). A afirmação foi feita na noite da segunda-feira (30) durante o programa Roda Viva, da TV Cultura. “O Congresso tem todo o direito de discutir o que ele quiser. Se houver alguma decisão legislativa ou emenda constitucional que acanhe a tal ponto o Judiciário ou o STF, que praticamente acabe com autonomia do Judiciário, pode ser que isso chegue ao Supremo para que ele avalie “, disse a também ministra do STF. “Se isso vier a acontecer, acho que vai se ter desdobramento para saber se vale ou não modificar as estruturas do Judiciário.”

cta_logo_jp
Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp!

Sobre o impeachment de ministros do STF, a presidente TSE afirmou estar sempre atenta à fala dos 513 congressistas do país. “São falas sérias, de 513 congressistas, cada um dos deputados e senadores que falarem eu presto atenção”, declarou. A ministra destacou a importância do STF manter-se à sua atribuição de guarda da constituição. “Não é tarefa simples e gera desconforto e descontentamento, tem que se preocupar se tem algum comportamento que pode ter levado a esse tipo de circunstância”, disse.

“Temos que estar atentos a manter a via constitucional de exercer nosso papel, nos últimos anos o papel que exercemos não era de facilidade nem de agrado, inclusive com risco pessoal para muitos de nós.” Cármen Lúcia também ressaltou a importância do judiciário e dos mais de 80 milhões de processos em andamento no país. “São milhões de pessoas que mesmo não confiando no Supremo não deixam de procurar o judiciário, que é essencial para uma vida com alguma segurança. Não é qualquer país que tem mais de dois terços da sua população em juízo”.

*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Marcelo Bamonte

  • BlueSky

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.