CPI da Covid-19 apura se depoente da próxima semana viajou para fugir de depoimento

Defesa de Francisco Araújo, ex-secretário de Saúde do DF, conseguiu uma autorização da Justiça Federal da 1ª Região para que ele fosse a Manaus entre os dias 12 e 22 de agosto para visitar os filhos

  • Por André Siqueira
  • 13/08/2021 19h37 - Atualizado em 13/08/2021 21h44
Jefferson Rudy/Agência Senado CPI da Covid-19 A informação foi repassada à Jovem Pan por um membro do colegiado

Nesta sexta-feira, 13, os senadores da CPI da Covid-19 foram informados de que o ex-secretário de Saúde do Distrito Federal, Francisco Araújo, foi autorizado pela Justiça Federal do DF a viajar para Manaus entre os dias 12 e 22 de agosto para visitar os filhos. O seu depoimento estava inicialmente marcado para a terça-feira, 17, mas os auxiliares da comissão não conseguiram notificá-lo de sua convocação. Em razão disso, os membros do colegiado passaram a investigar se o depoente viajou para fugir de sua oitiva – segundo apurou a Jovem Pan com um parlamentar, a Polícia Legislativa do Senado foi acionada para tentar localizá-lo. O documento que autoriza o depoente a viajar já está em posse da Comissão. Por ser réu, ele tem seus passos monitorados pela Justiça.

Na mira da CPI da Covid-19, Francisco Araújo chegou a ser preso em agosto do ano passado, no âmbito da Operação Falso Negativo, que mirou compras superfaturadas de testes rápidos para detecção da doença pelo governo do Distrito Federal (GDF). O Tribunal de Contas do DF apura a contratação destes itens pelo GDF com a Precisa Medicamentos, de Francisco Maximiano. O empresário, conhecido como Max, deve ser ouvido na quinta-feira, 19. Também na tarde desta sexta-feira, 13, a defesa de Francisco Araújo ingressou com um pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF), pedindo que o ex-secretário de Saúde do DF não seja obrigado a comparecer à CPI ou, se tiver de ir, que possa permanecer calado. A petição está sob a relatoria da ministra Cármen Lúcia. A Jovem Pan procurou o advogado Cléber Lopes, que representa Araújo, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

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