Jovem Pan
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CPI presidida por vereador que proferiu falas racistas é suspensa por decisão judicial

Vereador Camilo Cristófaro proferiu falas racistas durante reunião na Câmara Municipal de São Paulo

Uma decisão judicial expedida pela 15ª Vara da Fazenda Pública do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) suspendeu a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pirataria, Sonegação e Evasão Fiscal que ocorre na Câmara Municipal de São Paulo. Os trabalhos são presididos pelo vereador Camilo Cristófaro, recentemente desfiliado do PSB e com um pedido de cassação de mandato em andamento após uma manifestação racista. A equipe de reportagem da Jovem Pan teve acesso à decisão judicial e, nela, é possível observar que a ação realizada pelo empresário Law Kin Chong e julgada pelo juiz Konichi Koyama. O requerente – administrador de shoppings e lojas na região da rua 25 de Março – alega ser vítima de uma perseguição por parte de Cristófaro, que recentemente foi indiciado pela Polícia Civil de São Paulo após uma gravação onde Camilo diz que irá destruir o empresário e sua esposa.

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Na última semana, Camilo realizou uma fala de cunho racista enquanto participava de uma CPI que investiga as atuações das empresas de aplicativo na Câmara. O vereador afirmou: “Varrendo com água na calçada. É coisa de preto, né?”. Dias após o ocorrido, o PSB optou por desfiliar o político. Em participação ao programa Morning Show, da Jovem Pan, Cristófaro se defendeu e alegou que sua geração chama “Pelé de negão” e que seus ídolos são negros, por isso o parlamentar não seria racista. “É errado, temos que corrigir. Meus ídolos são negros: [Michael] Jordan, [Lewis] Hamilton, Pelé. Então, eu não sou racista. A punição que a gente tomar é o caso de a Câmara verificar. As vereadoras do PSOL sabem que eu não sou racista, elas convivem comigo no dia a dia”, alegou.

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