CPMI do 8 de Janeiro vai mostrar que governo foi vítima, diz Randolfe Rodrigues

Líder do governo no Congresso participou da primeira reunião do colegiado e disse que Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, será um dos primeiros convocados

  • Por Brasília
  • 25/05/2023 16h00 - Atualizado em 25/05/2023 16h04
TON MOLINA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Senadores Omar Aziz e Randolfe Rodrigues próximos um do outro na sala da CPMI do 8 de Janeiro Os senadores Omar Aziz e Randolfe Rodrigues conversam após abertura da CPMI do 8 de Janeiro

O líder do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), declarou à imprensa que a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos de 8 de Janeiro deverá revelar o roteiro golpista que culminou em “atentados aos símbolos da República”. A manifestação do político que saiu da Rede Sustentabilidade e é aguardado como novo membro do PT ocorreu após a instalação do colegiado no Legislativo. Para ele, o “processo golpista” teve início após a oposição não reconhecer o resultado das eleições presidenciais, com os acampamentos instalados próximos a bases militares em todo o país, dos ataques ao Aeroporto Internacional de Brasília e à invasão à sede da Polícia Federal na capital, quando carros foram incendiados.

Por isso, o parlamentar acredita que prevalecerá a ideia de que o novo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) suportou uma tentativa de golpe à República. “O governo foi vítima. Assim como a democracia e a república foram vítimas do processo golpista inaugurado no dia 30 de outubro de 2022, com o não reconhecimento do resultado das eleições por parte dos derrotados. Teve uma sequência golpista que se concretizou no dia 8. A CPMI vai mostrar esse roteiro golpista. O Brasil assistiu estarrecido a ocupação, os atentados. Não temos medo de fake news, responderemos com a verdade”, disse.

O ex-ministro da Justiça e então secretário de Segurança Pública do Distrito Federal à época do 8 de janeiro, Anderson Torres, deverá ser um dos primeiros a serem ouvidos na comissão. “Anderson Torres era ministro da Justiça, que fez vistas grossas às ações da PRF no 30 de outubro. Logo em seguida não organizou nenhuma ação de desocupação das estradas que tentavam atentar contra o Estado Democrático de Direito. Ele passa para o governo do DF como secretário e se ausenta quando o golpe foi tentado”, declarou Randolfe. 

 

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