Damares recusa diálogo com Zanin e diz que votará contra indicação ao STF: ‘Nada me fará mudar’

Em comunicado, senadora afirmou que escolha do advogado fere o princípio constitucional da impessoalidade e pediu que amigos e correligionários ‘não insistam’ em tentar falar com ela sobre o tema

  • Por Jovem Pan
  • 10/06/2023 14h06
Wilson Dias/Agência Brasil - 3/04/2020 Damares Alves, ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos Sabatina do escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está prevista para acontecer na quarta-feira, 14

A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) afirmou neste sábado, 10, que votará contra a indicação do advogado Cristiano Zanin paga a vaga de Ricardo Lewandowski no Supremo Tribunal Federal (STF). A sabatina do escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está prevista para acontecer na quarta-feira, 14, com a votação em plenário na semana seguinte, em 21 de junho. “Acredito que a indicação do Dr. Zanin fere o princípio constitucional da impessoalidade e, portanto, não posso aceitá-la”, disse a senadora em comunicado publicado nas redes sociais. Damares também pediu que amigos, irmãos e colegas de partido não tentem falar com ela sobre a indicação e negou conversar com Zanin, apenas se “for mesmo necessário” e por solicitação do Republicanos, de forma protocolar. “Que fique claro desde já que meu voto será não e nada, nem ninguém, me fará mudar! Por favor, não insistam”, também comentou, admitindo, no entanto, que o indicado deve ter maioria dos votos. “O que me resta, doravante, é orar para que Dr. Zanin nos surpreenda e se torne um juiz justo e imparcial”, concluiu.

Como o site da Jovem Pan antecipou, Zanin se reuniu com conservadores e senadores de direita e da bancada evangélica, reforçando as articulações para aprovação de seu nome ao Supremo. Inclusive, o advogado destacou seu perfil conservador criticou o ativismo judicial, defendeu prerrogativas do Congresso sobre pautas de costumes e se apresentou como um “homem de família tradicional”. Os encontros contaram com a presença de lideranças do Podemos e membros do Partido Liberal, principal legenda da oposição. A sigla – que tem entre seus filiados o ex-presidente Jair Bolsonaro – deve liberar a bancada no Senado Federal para a votação de Cristiano Zanin, com a defesa de que a indicação é prerrogativa do presidente.

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