Depoimento de Deltan Dallagnol na Polícia Federal é adiado para segunda-feira
Em entrevista à rádio Jovem Pan News de Curitiba, o político afirmou que adiamento ocorre para que sua defesa possa se ‘inteirar dos autos’
O depoimento do deputado federal cassado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) à Polícia Federal (PF) foi adiado para a próxima segunda-feira, 5. A informação foi confirmada nesta sexta-feira, 2, pelo político, durante entrevista à rádio Jovem Pan News de Curitiba. “Fui porque a gente não se furta a cumprir uma determinação da Justiça. Sou uma pessoa da ordem, da Justiça. Então fui estarrecido, sem saber qual o meu crime, o que fiz de errado. [Estão] buscando algum mecanismo para nos enquadrar de algum modo, porque fui sem saber, sem ter o conhecimento do conteúdo do processo. Meu advogado teve acesso aos autos em cima da hora da audiência. Ouvi do delegado do que se tratava e a gente concordou com o delegado de adiar esse depoimento para segunda-feira para se inteirar dos autos, olhar, entender. Esses autos estão sobre sigilo, infelizmente”, disse Dallagnol.
Como o site da Jovem Pan antecipou, a oitiva do parlamentar estava marcada para acontecer às 15 horas, por videoconferência. A assessoria do parlamentar já havia dito não ter informações sobre o motivo da intimação. “O deputado Deltan Dallagnol aguarda ansiosamente o acesso às informações que guiam essa intimação, também aguarda saber se prestará esse depoimento na condição de testemunha ou investigado”, dizia nota enviada pela imprensa. De acordo com Deltan, o processo ocorre por declarações feitas como parlamentar. “Na qualidade, no tempo de parlamentar. É um pronunciamento que dei na condição de parlamentar. Ao meu ver, são protegidos pela imunidade parlamentar, mas vou poder dar mais detalhes sendo levantado o sigilo do processo”, afirmou.
Em comunicado enviado à reportagem, a assessoria de Dallagnol disse que o deputado “descobriu que foi intimado para depor como investigado sobre uma entrevista que fez como parlamentar”. “Não foi informado qual regra penal teria sido violada. Como o deputado só teve acesso à razão da investigação no momento do depoimento, e seu advogado só teve acesso aos autos instantes antes da audiência, esta foi remarcada para a segunda-feira. O deputado pediu ao seu advogado que solicite ao STF que o sigilo sobre o feito seja levantado, em prestígio à publicidade dos atos públicos e valoração da transparência”.
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