Deputados do União Brasil apostam que partido não terá candidato à Presidência em 2022
Parlamentares avaliam que novo partido não irá gastar recursos do Fundão com uma candidatura ao Planalto que não tenha chances reais de vitória
Deputados do União Brasil, que será criado com a fusão do DEM com o PSL, apostam que a sigla não terá candidato à Presidência da República em 2022. A cúpula da nova legenda defende que seja apresentado um nome para se contrapor à polarização entre o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que lideram as pesquisas de intenção de voto, mas parlamentares acreditam que a prioridade será dada à eleição de governadores e à formação da maior bancada do Congresso Nacional. Atualmente, segundo projeções internas, o partido deverá ter de 10 a 12 postulantes aos governos estaduais.
À Jovem Pan, um deputado do DEM, presidente do diretório da sigla em um dos cinco maiores colégios eleitorais do país, disse que, embora o União Brasil queira se colocar como protagonista na disputa pelo Palácio do Planalto, a nova legenda terá como foco o crescimento do número de parlamentares. “Na hora H, vão compreender que este é o melhor caminho a ser seguido. Por que não teremos um presidenciável em 2022? Para não comprometer o Fundo Eleitoral com uma campanha sem chances reais de vitória. É por uma questão de administração dos recursos. Tenho convicção de que a eleição vai polarizar entre Lula e Bolsonaro”, avalia.
A um ano da eleição, o partido estuda quatro possibilidades para a sucessão presidencial: o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM), o apresentador José Luiz Datena, da TV Bandeirantes, e o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro. O ex-juiz da Lava Jato também é cortejado pelo Podemos e tem dito a interlocutores que definirá seu futuro na política em novembro – ele poderá romper amigavelmente seu contrato com a consultoria norte-americana Alvarez & Marsal, onde trabalha, a partir do dia 31 de outubro. Na última pesquisa Datafolha, divulgada no início da segunda quinzena de setembro, Pacheco aparece com 1% das intenções de voto, Mandetta oscila entre 2% e 3% e Datena alcança 4%. O nome de Moro não foi incluído no levantamento.
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