‘É missão de Deus a presidência’, diz Bolsonaro durante evento religioso em Natal

Presidente defendeu a religião e a família, falou sobre ações para enfrentamento da pandemia e disse não ter se vacinado contra a Covid-19; chefe do Executivo participa da Marcha de Jesus pela Liberdade

  • Por Jovem Pan
  • 16/07/2022 13h27 - Atualizado em 16/07/2022 14h02
Alan Santos/PR - 27/05/2022 Presidente Jair Bolsonaro Presidente também falou a respeito da compra das vacinas e disse não ter se imunizado

O presidente Jair Bolsonaro participa da “Marcha de Jesus pela Liberdade”, em Natal. Na manhã deste sábado, 16, em discurso após evento religioso na capital do Rio Grande do Norte, o chefe do Executivo falou sobre temas como família, religião e, citando inúmeras passagens bíblicas, relembrou as dificuldades frente ao cargo no Palácio do Planalto. “Vocês sabem o que é o poder, a responsabilidade que eu tenho. Aí te pergunto: todo poder emana do povo? Não, se o povo escolher errado vai pagar um preço caríssimo lá na frente. E o maior preço que podemos pagar é perder a sua liberdade. Vemos que pelo poder o homem do mal é capaz de tudo, vocês acompanham o meu sofrimento, o que eu enfrento. Vocês acompanham o que eu enfrento e não reclamo. É missão de Deus a presidência da República”, afirmou o presidente, sendo sendo ovacionado pela plateia.

Outros temas como a alta dos combustíveis, aborto, legalização das drogas, educação sexual, compra de fertilizantes da Rússia e também a própria guerra contra a Ucrânia também foram mencionados, assim como as ações de enfrentamento à Covid-19. Sobre a pandemia, Bolsonaro voltou a criticar as medidas de isolamento social adotadas por governadores. Citando a campanha do “fique em casa”, usada para incentivar a quarentena nos Estados, o presidente questionou qual seria a realidade da população mais vulneráveis se o fechamento do comércio durasse mais tempo. “Seria o caos. Nós fizemos a nossa parte. Me desculpem, graças a Deus, não errei nenhuma na minhas posições no tocando ao combate à Covid-19. Talvez tenha sido um dos raros ou único chefe de Estado do mundo que tenham essas posições de diferença e decidir não é fácil, porque sempre contraria um ou outro. Posso errar um dia, mas jamais será por omissão”, mencionou.

Ainda a respeito da pandemia, o presidente também falou a respeito da compra das vacinas e chegou a dizer que, agora, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fala sobre a aquisição de imunizantes contra a varíola dos macacos. “Temos que buscar dias melhores para a nossa população. O Brasil não pode parar. Combater o vírus? Sim, mas a fome também mata. Fizemos a nossa parte. Nas questões materiais atingimos nossos objetivos, compramos 500 milhões de vacinas. Eu não tomei a vacina, isso eu chamo de liberdade”, completou o presidente. A expetativa é que Bolsonaro participe da Marcha de Jesus pela Liberdade em Natal e também em Fortaleza.

 

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